Um indígena foi preso, pela Polícia Federal (PF), em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. A prisão foi realizada durante a operação Conluio Exploratório na terra indígena Geralda Toco Preto, que fica localizada entre os municípios de Arame e Itaipava do Grajaú, na região central do estado.
Segundo a PF, o preso é investigado pelo crime de extração e comercialização ilegal de madeira em de terras indígenas, inseridas na Amazônica Legal, no Maranhão.
Além do indígena, uma segunda pessoa investigada também era alvo de um mandado de prisão, porém, ela não se encontrava no domicílio no momento da operação e agora é considerada foragida da justiça.
Os dois mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo Juízo da 8ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Justiça Federal, após a PF identificar que os investigados seriam responsáveis pela extração e venda ilegal de madeira oriunda da terra indígena Geralda Toco Preto.
Segundo a PF, os dois investigados foram indiciados pelos crimes de:
- desmatamento, exploração econômica ou degradação de floresta nativa em terras de domínio público, sem autorização do órgão competente;
- exploração de matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal.
Caso eles sejam condenados, poderão receber penas que ultrapassam nove anos de prisão, considerando que os investigados praticavam os crimes de forma continuada e habitual.
A operação realizada nesta terça é a segunda fase da operação Kreepym-Katejê, a qual identificou que havia uma parceria entre indígenas, madeireiros, fazendeiros e políticos locais na extração ilegal e comercialização da madeira, sendo que alguns indígenas permitiam a extração de madeira, em troca de vantagem econômica indevida.
A terra indígena Geralda Toco Preto, onde a PF realizou as duas fases da operação, é a segunda Terra Indígena que sofre maior pressão de desmatamento, de acordo com estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
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