Um Projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal, permitirá a gestão do prefeito João Martins (MDB), conceder reajuste salarial aos professores efetivos do município de Bequimão. A matéria foi votada em regime de urgência/urgentíssima pela Câmara de Vereadores de Bequimão, em sessão ordinária realizada nesta sexta-feira (29). Além disso, o projeto instituiu ajuda de custo temporária aos profissionais do magistério, operacionais e administrativos.
Obedecendo o Regimento Interno da Câmara Municipal, a primeira secretária da Mesa Diretora, vereadora Janny Enfermeira fez a leitura do Projeto de Lei, e logo em seguida, o Secretário de Administração e Finanças, que acumula e responde interinamente pela Secretaria de Educação, Sidney Bouéres, realizou as explanações sobre o projeto.
O Secretário Sidney Bouéres, por designação do Prefeito João Martins, foi quem esteve a frente da negociação junto aos representantes da Diretoria do Sindicato. Todas as tratativas contaram com o suporte técnico das equipes de contabilidade, jurídica e de pessoal da Prefeitura de Bequimão, e o percentual de reajuste salarial aprovado respeitam as recomendações técnicas e os limites prudenciais de utilização dos recursos do FUNDEB.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Bequimão (SISMUBEQ), Sebastiana de Jesus Soares Viegas, também fez uso da palavra, destacando aos parlamentares, professores e pessoas presentes na sessão, que houve um entendimento entre a Prefeitura e os profissionais do magistério. Em sua fala, Sebastiana deixou claro, que o projeto de lei foi elaborado pelo Executivo, mas seguindo acordo pré-estabelecido com o Sindicato dos Servidores.
A votação do projeto de lei 002/2022, que estabeleceu o reajuste salarial à categoria dos profissionais do magistério de Bequimão serviu para trazer a tona as verdadeiras intenções e os interesses não revelados de alguns políticos bequimãoenses.
Durante meses figuras bem conhecidas da política local se utilizaram da pauta de reinvidicação dos professores para montar um verdadeiro palanque político antecipado na cidade, na tentativa de criar e manter uma possível crise que prejudicaria a gestão municipal. É assim que esses políticos dizem representar a sociedade de Bequimão.
Hoje pela manhã, após cumprir todos os trâmites exigidos pelo Regimento Interno da Câmara, o projeto foi colocado em votação e foi aprovado por 8 votos a favor e 01 contra.
O vereador e professor Chico Ferreira (PSD), em um ato de total covardia com a classe que inclusive faz parte, se absteve da votação seguindo uma expressa determinação do seu líder político, o ex-prefeito Antônio Diniz.
Já o vereador Sassá (PDT), foi além e de maneira inconsequente votou contra os servidores da educação, contrariando um acordo aprovado pelos próprios profissionais da categoria.
A atitude dos parlamentares só serviu para deixar claro que, a pauta de reinvidicações dos professores não passava de uma oportunidade de ser usada como trampolim político por eles, de olho nas eleições estaduais que se aproximam.
As movimentações políticas de hoje em Bequimão também abriram margem para algumas perguntas: A quem interessava uma crise institucional neste momento na educação da cidade? Porque penalizar alunos e pais de alunos apenas para satisfazer interesses políticos? E porque aqueles que se disseram paladinos defensores dos professores resolveram virar as costas para a categoria no momento mais importante das negociações? A população deve e irá fazer suas reflexões.
A sessão foi presidida pelo vereador Irmão Vetinho, e registrou as presenças dos vereadores Jorge Filho (vice-presidente), Janny Enfermeira (1ª Secretária), Carlinhos de Severaldo (2º Secretário), Vadico Barbosa, Edilson da Vila do Meio, Professor Ivaldo, Gordo do Quindiua, todos optando por votar a favor da matéria, além dos vereadores Chico Ferreira que se absteve e Sassá que votou contrário a matéria. Apenas o vereador Pedro Acará não participou da sessão e justificou sua ausência por motivos de saúde.