sábado, 1 de setembro de 2018

Maranhão registra 859 assassinatos no primeiro semestre de 2018


Após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrar que o governo do Maranhão não divulgava o número correto de assassinatos no Estado, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP) divulgou esta semana a triste realidade, em que mostra o fracasso da segurança pública no Maranhão na atual gestão.
Os números de homicídio, latrocínios e lesões corporais seguido de morte, referentes ao primeiro semestre deste ano, dois dias depois de o Portal G1 ter divulgado o Mapa da Violência sem incluir o Maranhão que não havia fornecido os dados do mês de junho, a SSPMA resolveu mostrar a tragédia do plano de segurança no Maranhão. Nos primeiros seis meses de 2018, 859 pessoas foram mortas no Maranhão, e o mês de junho atingiu 154 ocorrências, superando em 13% o mês de maio. A média mensal é de 143 mortes no Maranhão. Já a média diária é de 4,7 mortes.
O Portal G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança acompanha mensalmente as mortes violentas no Brasil. Os dados divulgados no último dia 28 totalizaram 26.126 assassinatos no semestre, mas sem contabilizar as mortes no Maranhão e dos estados do Paraná e Tocantins que não haviam fornecido o balanço do período.
Diante da repercussão negativa, a SSP decidiu revelar os números de junho que superou o mês de maio que registrou 137 mortes a tiros ou por arma branca em todo o estado.
No mês de junho, de acordo com a secretaria, ocorreram 148 casos de homicídio doloso, quatro latrocínios, e duas lesões corporais seguido de morte. Esse foi o segundo mês mais violento, o primeiro continua sendo janeiro, que contabilizou 164 mortes violentas, seguido de fevereiro com 131, março com 152, e abril, com 121 casos.
GRANDE ILHA
Um levantamento feito por O Estado, tendo como base o site da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e informações do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar) registrou, nos primeiros seis meses deste ano, um assassinato a cada 20 horas. Nesse período, 218 pessoas foram mortas a tiros ou por golpe de faca nessa região do Maranhão.
Além desses casos, ocorreram mais sete mortes violentas na Ilha durante os dias 29 e 30 de junho deste ano. De acordo com os dados da SSP, até o dia 27 de junho, ou seja, desconsiderando as ocorrências do feriado de São Pedro, foram registradas 36 mortes violentas. Desse montante, 32 foram homicídios dolosos, um caso de latrocínio e três mortes em confronto com a polícia. Neste sexto mês do ano, ainda consta uma morte a ser esclarecida. Trata-se de uma criança de apenas nove anos.
Até o momento, janeiro é considerado o mês mais violento de 2018. De acordo com a SSP, de 1º de janeiro a 31 do mesmo mês, foram catalogadas 44 mortes violentas. Deste total, 39 foram homicídios dolosos, dois foram latrocínios, uma pessoa foi morta em unidade prisional do estado, outras duas pessoas morreram em confronto com a polícia. E ainda dois corpos deram entrada no período e, de acordo com a pasta estadual, não tiveram as mortes esclarecidas.
CASOS MAIS GRAVES
Um dos casos que mais chamou a atenção este ano foi a morte do delegado da Polícia Federal David Farias de Aragão, de 35 anos, ocorrida no dia 5 de maio. De acordo com a polícia, três homens invadiram uma casa de praia onde a vítima e sua família estavam participando de uma festa famíliar e anunciaram o assalto. Ao reagir, o delegado foi morto a tiros por um dos bandidos.
Outro crime chocante ocorreu também em maio. Uma criança de apenas seis anos foi morta após ser atingido por bala perdida enquanto voltava da igreja com sua mãe, no Bairro de Fátima, em São Luís. Segundo a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), a morte foi provocada por desavença entre facções rivais.

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