Ninguém sabe quando pode surgir uma emergência, quando ocorrerá um acidente ou alguém terá um mal-estar. Por isso é importante prevenir essas situações, especialmente em se tratando de crianças no ambiente escolar. Muitas vezes, a rapidez nos primeiros socorros pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Especialistas defendem a necessidade de prevenção desses incidentes nas instituições escolares e atenção especial para crianças portadoras de necessidades especiais e de doenças crônicas, como asma e diabetes, para as quais essas ocorrências tendencialmente apresentariam maior risco. Um dos caminhos é a capacitação de monitores de escolas, creches públicas e particulares e orfanatos para atuar na prevenção de acidentes e nos primeiros socorros.
Com o objetivo de assegurar as formas de prevenção, o deputado federal Victor Mendes (MDB – MA) propôs o projeto de lei 10.233/2018, em tramitação em fase conclusiva nas comissões da Câmara dos Deputados. De acordo com o PL, professores e funcionários de escolas, públicas e privadas, de ensino infantil e básico deverão ser capacitados em primeiros socorros.
Conforme o deputado, acidentes domésticos são uma causa recorrente de mortalidade infantil em bebês e crianças no Brasil e no mundo. Boa parte destes acidentes ocorre no âmbito familiar. Mas também existem acidentes que ocorrem nas escolas ou creches e orfanatos, onde eventualmente, a falta de socorro adequado pode ocasionar uma tragédia permanente. “Essa situação se constituí numa preocupação permanente dos pais que, por diversos motivos, necessitam deixar crianças aos cuidados de outras pessoas. Queremos minimizar as consequências desses acidentes, através da capacitação dos profissionais que vão lidar com essas crianças, através de cursos de prevenção de acidentes e primeiros socorros”, explica o Victor Mendes.
De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, realizado em 2015, 810 crianças morreram naquele ano vítimas de sufocamento acidental. Desse total, 611 tinham menos de um ano de idade.
Sobre o projeto
- A ideia é que o curso de prevenção de acidentes e primeiros socorros ocorra obrigatoriamente a cada dois anos.
- As aulas devem ser ministradas por profissionais do Serviço Médico de Emergência (SAMU).
- Devem ser capacitados no mínimo 50% dos profissionais de cada instituição.
Lei Lucas
Projeto semelhante ao do deputado Victor Mendes foi aprovado recentemente pelo Senado Federal, o PL 017/2018. A lei aprovada agora segue para sanção da presidência da República. Recebeu o nome de Lei Lucas em homenagem ao menino Lucas Begalli Zamora, que morreu em setembro de 2017, aos 10 anos. Lucas engasgou com um pedaço de cachorro quente durante um passeio promovido pela escola em que estudava. Até a chegada do serviço de saúde especializado, o menino não recebeu os primeiros socorros.
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