O Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Lula ao projeto do marco temporal para demarcação de terras indígenas em sessão nesta quinta-feira, 14. Foram 321 votos de deputados federais pela derrubada do veto e 137 pela manutenção. No Senado, a derrubada do veto teve 53 a favor e 19 contra. Com isso o projeto de lei será promulgado.
A análise do veto aconteceu após vários adiamentos. Somente esta semana, o Palácio do Planalto chegou a um acordo com os líderes da bancada ruralista e da bancada de oposição para análise do texto.
O Congresso havia aprovado o texto do marco temporal em setembro após o Supremo Tribunal Federal (STF) firmar entendimento contra a tese. O governo orientou a manutenção dos vetos.
Ao defender a manutenção do veto pelo governo, a deputada Jandira Fegalhi (PCdoB-RJ) afirmou que a derrubada seria inconstitucional. “Essa matéria é uma matéria que agride direitos, põe em risco o direito à vida, à educação e ao território”, defendeu a deputada. Não podemos votar contra porque é uma derrubada principalmente porque ela é inconstitucional. Se derrubarmos este veto ele vai parar na barra do Supremo novamente”, disse.
Pela oposição, falou o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), para defender a derrubada do veto. “É importante derrubar esse veto para trazer segurança ao campo. Se tem um setor neste país que dá certo é o agro e nós temos definido o que o agro pode fazer. Na Amazônia temos um problema sério de não poder expandir em cima de área, temos diversas demarcações. Precisamos de segurança jurídica e esse marco traz essa segurança.”
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