
A oposição política em Bequimão voltou a se fragmentar após as eleições municipais de 2024. O grupo que, momentaneamente, se uniu para enfrentar o prefeito Zé Martins, após derrota nas urnas, se divide em múltiplas vertentes, cada uma adotando alianças e estratégias distintas para o cenário eleitoral de 2026.
A primeira movimentação visível é a reaproximação entre César Cantanhende e Antônio Diniz, que já estiveram juntos em pleitos anteriores. Eles devem apoiar, para deputado estadual, o ex-prefeito de São Mateus, Ivo Rezende. No âmbito federal, Diniz deverá seguir com Othelino Neto, enquanto César ainda não oficializou seu pré-candidato a deputado federal.
A união de Diniz e Cesar pode se estender para 2028, principalmente se a votação de Ivo for maior que das demais células oposicionistas. Cesar tem visitado a zona rural e se movimentado bastante, sempre acompanhado da ex-candidata a prefeita Dinha Pinheiro.
Outro bloco formado é o dos vereadores de oposição: Janderson Gusmão, Raquel Paixão e Alan Fábio (Sassá). O trio tem sinalizado apoio à reeleição do deputado estadual Cláudio Cunha (PL), que tem atuado em parceria com os parlamentares bequimãoenses. Apesar de haver especulações sobre um possível alinhamento em torno de um mesmo candidato federal, fontes afirmam que essa convergência é pouco provável — cada um deve buscar um aliado conforme seus interesses particulares.
Já o ex-candidato a prefeito Dico da Farmácia, derrotado por Zé Martins em 2024, tende a caminhar com os deputados Bira do Pindaré e Rubens Pereira Júnior em 2026. Ambos foram os principais apoiadores de sua candidatura na última eleição e mantêm proximidade política com o empresário e alguns aliados.
Outra liderança da oposição, o Coronel Lopes, ainda não anunciou seus apoios para deputado estadual ou federal. No entanto, pelas posições ideológicas expressas nas redes sociais e grupos de WhatsApp, Lopes deve seguir nomes ligados ao bolsonarismo. Fontes, no entanto, indicam que pré-candidatos da ala progressista têm tentado se aproximar do coronel, o que contradiz seu posicionamento ideológico tradicional.
Já Fábio de Zé Preto permanece como incógnita no atual cenário. Alguns dizem que ele vai com Jota Pinto, mas por outro lado, corre o boato que ainda não fechou. Resta saber se ele buscará um novo rumo político ou se seguirá ao lado de seu irmão, o vereador Sassá nas eleições de 2026.
Com tantos caminhos distintos, o cenário aponta para uma oposição enfraquecida e sem direção unificada nos próximos pleitos. Uma reaproximação entre os grupos só é cogitada, por ora, para 2028 — e ainda assim, com muitas peças a serem realocadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário