quinta-feira, 7 de julho de 2016

AL-MA exonera ex-deputadas fantasmas após mais de um ano de sinecura

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão voltou a exonerar funcionários fantasmas da folha de pagamento de pessoal. O ato de enxugamento acontece em razão da Justiça determinar a divulgação dos nomes de todos os deputados estaduais e servidores da Casa, seguindo de vencimento bruto e lotação.
Após passarem mais de um ano recebendo salários sem precisar pisar no local de trabalho, entre alguns nomes que ainda estão sendo levantados pelo ATUAL7, foram exoneradas dos cargos duas ex-deputadas estaduais: Graciete de Maria Trabulsi Lisboa (PSL) e Priscylla Bonifácio de Oliveira Sá (PEN). As exonerações foram publicadas no Diário Eletrônico da AL-MA, nas edições da última quinta-feira 30 e dessa terça-feira 5, com validade a partir do dia 1º deste mês.
Ambas concorreram ao parlamento estadual em 2014, mas a derrota nas urnas não bastou para impedir que continuassem a ser bancadas pelo Poder Legislativo estadual. Elas recebiam R$ 4.961,21 (quatro mil, novecentos e sessenta e um reais e vinte e um centavos) por mês, cada, como fantasmas da Assembleia Legislativa do Maranhão.
Graciete Trabulsi, que tem feudo eleitoral no município de Bacabal, estava nomeada no cargo em comissão DANS-1 de Coordenador Parlamentar, no Quadro de Pessoal da Casa. Ela é esposa do ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Nonato Lisboa, preso recentemente pela Polícia Civil do Maranhão em operação de combate à agiotagem e corrupção no Maranhão.
A mesma sinecura — cargo em comissão DANS-1 de Coordenador Parlamentar, no Quadro de Pessoal da AL-MA — também foi dada à Priscylla Sá, que tem feudo eleitoral no município de Presidente Dutra. Priscylla é filha do fazendeiro e empresário do ramo de postos de combustíveis, Fernando Sá; e afilhada e amiga muito próxima do dono do Sistema Mirante de Comunicação, Fernando Sarney.
Embora tenha sido exoneradas para escapar do recadastramento que será feito de todos os servidores da AL-MA, as ex-deputadas serão acionadas na Justiça para que devolvam o dinheiro público embolsado de forma ilícita.
O ATUAL7 apura a informação de que todos os fantasmas que estão sendo os exonerados, segundo comenta-se nos bastidores da Assembleia Legislativa, estariam recebendo agora por meio de uma prestadora de serviços da Casa.

Há suspeitas de que mais de 30% dos mais de dois mil servidores lotadas na AL-MA sejam fantasmas.

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