sexta-feira, 6 de julho de 2018

Cabo Campos participa do II Encontro de Missões e Culturas

Na última semana, o deputado Cabo Campos (PEN) participou do II Encontro de Missões e Culturas (EMCULT), realizado pela Igreja Assembleia de Deus, no bairro Anjo da Guarda, em São Luís. O evento consolidou-se como um marco histórico no Maranhão ao transcender barreiras culturais entre os povos indígenas e a comunidade cristã tradicional. A cerimônia reúne etnias distintas em torno do reconhecimento de Jesus Cristo como único salvador.
Durante o evento, Cabo Campos disse que “a evangelização não implica em ameaça à cultura indígena”. Pelo contrário, ele alega que a atuação missionária está intrinsecamente ligada a um processo colaborativo em defesa da preservação linguística e cultural. “A iniciativa missionária evangélica possui como principal motivação a introdução de valores cristãos como o amor ao próximo, a solidariedade humana e o evangelho. Tudo isso, claro, sempre preservando e respeitando a língua, a cultura e o ambiente indígena”, disse.
O trabalho cristão nas aldeias foi reconhecido por Samuel Viana, da etnia Guajajara. “Muitos indígenas não sabiam mais falar nossa língua e estão reaprendendo. Hoje, nós glorificamos a Deus e agradecemos aos nossos irmãos missionários que nos alcançaram lá”, declarou.
Mas, nem sempre é assim. Ainda há resistência e os evangelizadores trabalham incessantemente para desmistificar uma série de estigmas. “Entre os indígenas da etnia Ka’apor, com a qual nós trabalhamos, há resistência em relação ao evangelho. Eles acreditam que os missionários estão a serviço de madeireiros e querem tomar as suas terras. Essa é a principal dificuldade de nós rompermos esse preconceito que está impregnado na mente dos Ka’apor”, contou o Pastor Virgílio Dias.
Ao finalizar sua participação no EMCULT, Cabo Campos disse que, além desses fatores internos, os missionários precisam enfrentar elementos externos, como a condenação seletiva à presença de evangelizadores nas aldeias. Segundo ele, há ações conduzidas por motivações políticas, financeiras e humanistas que imprimem novos costumes no cotidiano dos povos indígenas, mas são negligenciadas pela postura “não intervencionista”.
“A postura não intervencionista pode ser tão nociva aos indígenas quanto a dívida histórica que o país tem com eles. Essa omissão pode acabar contribuindo com a ausência de soluções para as questões que envolvem a subsistência dos nossos parentes e o diálogo é a melhor alternativa para a resolução dessas questões”, defendeu o deputado.

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