sexta-feira, 29 de maio de 2015

Bequimãoense está à frente de congresso nacional de Fruticultura, que contará com apoio do Sebrae

O bequimãoense José Ribamar Gusmão Araújo, que é professor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), é um dos organizadores do XXIV Congresso Brasileiro de Fruticultura, que acontecerá de 16 a 21 de outubro em 2016, no Centro de Convenções do Sebrae, em São Luís. Ele se reuniu com o também filho de Bequimão, João Martins, superintendente do Sebrae, para tratar sobre o evento.
Ao lado do professor Hamilton Santos Almeida, Gusmão detalhou como será o congresso, que reunirá as principais autoridades do país no assunto, além de pesquisadores internacionais, engenheiros agrônomos, caravanas de empresários, produtores e estudantes.
Na reunião, os professores integrantes da comissão organizadora estadual do evento trataram sobre a cessão do espaço para a realização do congresso e destacaram a importância do Sebrae para o desenvolvimento da cadeia produtiva da fruticultura  no estado. Com o tema “Fruteira Nativa e Sustentabilidade”, o evento terá uma programação científica idealizada pela Uema e pela Sociedade Brasileira de Fruticultura.
“O Maranhão possui 312 milhões de hectares para plantação de frutas de clima tropical e temperado, além de 12 rios permanentes. Temos, por natureza, potencial para sermos grandes produtores de frutas. Entretanto, não exploramos essa vocação. Um exemplo disso é o caju. Possuímos uma das melhores áreas para cultivo da fruta no Nordeste, no entanto estamos em quinto lugar no ranking da região, ficando atrás do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia. O Sebrae, com o importante trabalho  que realiza junto aos empreendedores rurais, pode ajudar o Maranhão a expandir suas áreas destinadas à fruticultura”, acredita o professor Hamilton Almeida, presidente do XXIV Congresso Brasileiro de Fruticultura e coordenador regional da Sociedade Brasileira de Fruticultura.
“Um dos principais ganhos do evento, realizado pela primeira vez no Maranhão, será o despertar dos produtores maranhenses para os benefícios e a lucratividade das plantações de pomares básicos, incentivando a fruticultura e tornando o estado um excelente produtor de frutas”, revela o professor.
Conhecimento gera mudanças
Para o diretor superintendente do Sebrae, a presença das universidades, que realizam a pesquisa, o ensino e a extensão do conhecimento, é extremamente salutar quando se pensa no desenvolvimento sustentável do estado. “O Maranhão tem grande vocação agrícola. Vocação e potencial de solo e clima, além de ser recortado por uma grande quantidade de rios que fornecem água para irrigação das culturas. A cadeia da fruticultura é foco de atenção do Sebrae há algum tempo e podemos ter resultados ainda melhores se os núcleos de produção científica estiverem conosco, transferindo tecnologias e conhecimentos”, aponta João Martins.
De acordo com o dirigente da instituição, as universidades podem contribuir com os pequenos produtores no processo de assimilação e prática do conhecimento, para que possam ser empreendedores rurais de sucesso e, assim, implementar as mudanças necessárias que refletirão em uma nova realidade produtiva para o estado.
“Toda produção de conhecimento advém de uma base experimental, do empirismo, que se for usado a favor das potencialidades do nosso estado, pode iniciar um processo sem volta de mudança e desenvolvimento em todas as regiões”, defende João Martins que já articula alguns projetos com o Governo do Estado, por intermédio do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Bira do Pindaré.
“São projetos para a disseminação do conhecimento que visa despertar o maranhense para as potencialidades econômicas e os recursos naturais de suas respectivas localidades. Mas só poderemos concretizar essa ideia se as universidades estiverem conosco, numa importante parceria técnico-científica-empreendedora”, destaca o diretor superintendente ao informar que a equipe do Sebrae já trabalha para apresentar, oficialmente, a proposta para o Governo do Estado. “A ideia é iniciar os projetos pela Baixada Maranhenses, uma das regiões mais carentes do estado em ações desenvolvimentistas”, informa Martins.
Sobre o Congresso
O Congresso Brasileiro de Fruticultura (CBF) é um evento técnico-científico, realizado a cada dois anos, e desde a sua primeira edição reúne um número expressivo de profissionais de pesquisa, ensino e extensão, produtores, empresários, empresas públicas e privadas direta e indiretamente interessadas no setor do agronegócio frutas, que vem se transformando em uma das principais fontes de renda do país.
No Maranhão, o evento contará com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/MA), Governo do Estado, Prefeitura de São Luís, Embrapa Cocais, Sebrae, Banco do Brasil, BNB, Basa e Caixa Econômica Federal, além da Fapema, CNPq, Incra, Vale, dentre outros.

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