quinta-feira, 10 de maio de 2018

Que fim levou a obra de construção da Ponte Central/Bequimão?

Para muitos parecia um sonho, mas hoje tudo se tornou pesadelo. Foi exatamente dia 27 de setembro de 2016, que a população bequimãoense recebeu um anúncio de última hora da construção da tão esperada Ponte Bequimão/Central, sobre o Rio Pericumã. Há 5 dias das eleições municipais daquele ano, Flávio Dino tentou dar um golpe no eleitorado bequimãoense. Teve até recebimento de currículo para trabalhar na obra. Como o plano do comunista não funcionou, as máquinas desapareceram e o canteiro de obra deu lugar ao deserto.
Uma obra orçada em R$ 68 milhões de reais, poderia ajudar o desenvolvimento da região do Litoral Ocidental  Maranhense, fortalecendo a Floresta dos Guarás. Mas tudo não passou de uma promessa não cumprida. O sonho que dormiu por 40 anos no papel, permanece adormecido no papel, sem nenhuma explicação do governo e muito menos da empresa licitada, identificada por Consórcio Epeng/ FN Sondagens foi a vencedora do certame com a proposta mais vantajosa de R$ 68.342.637,42.
No dia 27 de setembro de 2016, assinatura da ordem de serviço pelo governador Flávio Dino. Foto: Handson Chagas/Secap)
Já se passaram 540 dias, desde a assinatura da obra e nenhuma ripa foi colocada no local, onde seria construída a ponte, que ligará  a cidade de Bequimão à Central do Maranhão, beneficiando, além das duas cidades, mais de 10 municípios da região, gerando empregos durante a obra e garantindo renda a pelo menos 450 famílias. Mas isso não passou de um filme de ficção científica, pelo menos até agora.
Apesar de assinar a ordem de serviço, que autorizou o início da construção, o governador lembrou dos impactos que a ponte traria, e o que mais falou foi nas 400 vagas de empregos. A solenidade foi destaque na mídia por meses, usando imagens de pessoas sonhadoras, das comunidades que almejavam uma vaga de emprego. Até que ensaiaram a obra, caçambas rodando dia e noite, mas foi o bastante até sair o resultado da eleição municipal. A partir daí, ninguém sabe para onde as máquinas foram e nem por onde saíram.
Com 589 metros de extensão, a ponte contínua invisível aos olhos dos moradores ribeirinhos. O engenheiro responsável pela obra, Luís Calil, falou das dificuldades na construção da ponte, só esqueceu de explicar que naquele dia 27 de setembro era apenas um ensaio, para tentar enganar o povo. O governador solicitou que fosse dada prioridade à mão de obra local, deixando muitos moradores esperançosos. Mas infelizmente ficou no sonho.
O canteiro de obras foi instalado e todos os equipamentos foram expostos no local. A ordem era para correr em ritmo acelerado. Flávio Dino chegou anunciar que no máximo em um mês, os trabalhos seriam iniciados dentro do rio. O governador garantiu inaugurar a ponte no prazo de um ano e meio. Só que esse prazo já ultrapassou há muito tempo.
Para fechar o pacote de promessas não cumpridas, Flávio Dino prometeu pavimentação nos dois acessos, tanto do lado de Bequimão, quanto do lado de Central, com mais 30 km ao todo. Até José Maria Cantanhede, de 32 anos, morador da região, se iludiu com tantas promessas e até hoje nada de ponte e muito menos pavimentação.
A população do Litoral Ocidental Maranhense se sente enganada pelo governador, que não explica o que levou a obra ser abandonada no meio do nada. Depois do grande auê da ordem de serviços, as obras da ponte seguiram em ritmo lento até parar sem qualquer justificativa. A expectativa gerada pelo governador se transformou em frustração para os moradores da região.
Nossa equipe tentou contato com a Secap do Estado para pedir explicação, mas não conseguimos êxitos nas ligações. O espaço do G7 está aberto para qualquer explicação do governo sobre a obra abandonada. Ligar (98) 99129-9185.

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