segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Repugnante o patrulhamento contra Fernando Júnior por ter ousado fazer pesquisa para governador do Maranhão

Estarrecedor e preocupante o patrulhamento exercido por alguns jornalistas e outras pessoas que se acham militantes do Jornalismo simplesmente porque criaram um blog para manifestar seus pontos de vista de outros interesse$ contra o jornalista e empresário Fernando Júnior por ter ousado mostrar os números de uma pesquisa realizada pelo seu Instituto Escutec na qual são mensuradas intenções de voto para presidente da República, governador do Estado e Senado, com opiniões colhidas junto a 2.020 eleitores em 60 municípios distribuídos em seis regiões do Maranhão.

Ninguém questiona o fato dele ter identificado com esta consulta 63% dos entrevistados dispostos a votar pelo retorno do ex-presidente Lula ao Palácio dos Planalto em 2018, tampouco o fato de ter encontrado apenas 2,3% possíveis eleitores para a reeleição do presidente Michel Temer e somente 1,9% simpatizantes das candidaturas de Geraldo Alckmin ou João Dória Júnior, tampouco se reclama dele ter encontrado 58,7% de moradores dos municípios onde a pesquisa foi aplicada que aprovam os seus gestores.

O erro de Fernando Júnior com esta pesquisa foi ter revelado que 36,9% dos entrevistados dizem que votarão em Roseana Sarney para o Governo do Estado contra 33% dos simpatizantes da reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB) e ter achado ainda 15% prováveis eleitores de Sarney Filho e 13% de Edison Lobão para o Senado, ou seja, ele nunca deveria ter feito uma revelação desse tipo.

Também incomodou os patrulhadores das mídias sociais o fato de 49,8%, segundo o Escutec, desaprovarem a administração do governador, ou seja, criou-se um ambiente de intolerância no Maranhão, onde agora é proibido divergir, pois sempre que isto ocorre entram em ação os agentes recrutados para desconstruir a imagem de quem contrariou a pregação oficial, e isto é preocupante, pois tem-se a impressão de estar o Maranhão caminhando para o Absolutismo, não sendo permitido a ninguém contrariar o pensamento do rei.

É de se imaginar se essas pessoas em vez de "Jornalismo" exercessem outras atividades. Se fosse a Medicina, certamente deixariam morrer qualquer paciente que discordasse do seu ponto de vista quando buscasse socorro num hospital em que trabalhassem; se fosse Polícia, negariam proteção a adversários do chefe e não tomariam nenhum medida contra quem ameaçasse, matasse, estuprasse, desde que fosse um aliado do rei; se fosse Justiça, condenação certa a esses abusados opositores. 

A maior desgraça disso que se assiste agora é que não faltarão atores para entrar em cena quando surgirem números diferentes dos revelados pelo Instituto Escutec, ou seja, que os responsáveis por outras pesquisas preparem o lombo para as chibatadas, pois não faltam capatazes neste território de escravidão mental. Infelizmente!

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