sábado, 21 de março de 2015

Dep. Mendes cobra instalação da segunda esquadra da Marinha no Maranhão

Por meio de requerimento aprovado ontem, 18, no Plenário da Câmara, o deputado Victor Mendes cobrou, do Ministro da Defesa, Jaques Wagner, um posicionamento sobre o projeto de instalação, no Maranhão, da Segunda Esquadra da Marinha brasileira.
Estudos técnicos concluídos em 2011, sob a coordenação do Estado Maior da Armada, apontavam as águas da Ponta da Espera, na Baía de São Marcos, em São Luís (MA), como local que reunia condições técnicas ideais para a instalação do empreendimento, que implicaria na transferência, para o Maranhão de, pelo menos, 6 mil militares.
“A expectativa”, conforme argumenta o deputado Victor Mendes, “era de que a instalação da 2ª Esquadra resultasse na transferência, para o entorno de São Luís de um contingente de 12 mil pessoas, entre militares, seus familiares e técnicos que se deslocariam para o Estado a trabalho ou interessadas no aproveitamento de eventuais oportunidades que o empreendimento geraria em sua fase plena”.
Apesar disso, até o momento, pouco se sabe sobre o empreendimento e sobre as perspectivas de instalação. O fato justifica a cobrança feita pelo parlamentar ao Ministro Jaques Wagner. “Depois da Refinaria, temos que estar atentos para não perdermos oportunidades como essas”, frisou Victor Mendes.
“No pedido de informações, mostrei ao Ministro a importância estratégica da 
Segunda Esquadra para o País e para o estado do Maranhão, que é detentor de um litoral com mais de 600 km², indicando as potencialidades como indutor de oportunidades de desenvolvimento e inclusão social produtiva e de novos negócios”, completou
Base Naval - Prevista na Estratégia Nacional de Defesa (END) aprovada em dezembro de 2008, a instalação de uma nova esquadra da Marinha no norte ou nordeste do País, nas proximidades da Foz do Rio Amazonas, era considerada uma prioridade na época. A esquadra teria estrutura comparável à Base Naval do Rio de Janeiro, dotada dos recursos necessários para garantir maior controle do acesso marítimo ao Brasil.
Em 2009, a Marinha submeteu ao Ministério da Defesa, plano de ação que contemplava a implantação da Segunda Esquadra brasileira, iniciando os estudos técnicos para seleção dos locais adequados à instalação do Complexo Naval da 2ª Esquadra.
Os estudos indicaram o Maranhão como local adequado para a instalação levando em conta a localização estratégica do estado, a proximidade com Foz do Rio Amazonas, o complexo portuário maranhense e diferenciais como as condições de navegabilidade na Baía de São Marcos, a grande variação de marés, as características do litoral – reentrâncias – e a profundidade do canal marítimo, parâmetros esses que garantem a possibilidade para operar embarcações 24 horas por dia.
No requerimento, Victor Mendes apontou a importância do empreendimento como indutor de melhorias na estrutura portuária, destacando o porto do Itaqui, “que é acessado por um canal de profundidade natural mínima de 27 metros e largura aproximada de 1,8 quilômetros, o que favorece operações com embarcações de grande porte”.
De acordo com ele, o desempenho do Complexo Portuário como um todo seria incrementado com a instalação da Segunda Esquadra. “O Complexo tem a seu favor excelente desempenho econômico e reconhecida capacidade operacional, sendo responsável pelo escoamento regular da produção de minério e grãos de uma vasta região. Além disso, tem ampla facilidade de integração com multimodais de transportes e expressiva disponibilidade de área de retroporto”.
Mendes enfatizou também a importância para o adensamento da atividade industrial no Maranhão e ampliação da competitividade da economia estadual, favorecidos pela abertura de oportunidades de novos negócios e de ocupação.

“Esses são pontos importantes que devem unir as classes política e a empresarial na luta por este empreendimento importante para o nosso Estado”, concluiu ele.

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