segunda-feira, 22 de abril de 2013

Produtores de mel da Baixada serão vistoriados pelo SEBRAE Nacional

O coordenador de Apicultura do SEBRAE Nacional, Demian Lube Rodrigues, visita produtores de abelhas e meliponicultores da Baixada Ocidental Maranhense nesta quarta e quinta-feira (14 e 15).  Ele vai conhecer in loco a criação de abelhas tiúba, sem ferrão, atividade conhecida como meliponicultura. 
O Maranhão é o único estado em que o SEBRAE  apoia a atividade através de projeto específico. Os municípios de Pinheiro, São Bento, Peri Mirim e Palmeirândia estão incluídos no roteiro da visita técnica. 
A produção de mel da tiúba constitui uma atividade tradicional na Baixada Ocidental Maranhense e foi inicialmente desenvolvida pelos índios da região. Ao longo dos anos, a prática foi se disseminando entre pequenos e médios produtores, assim como produtores de base familiar. 
Segundo o gestor do projeto Atendimento Territorial da Baixada Maranhense, Raimundo Júnior, há pelo menos quatro razões que justificam o investimento do Sebrae no incentivo à meliponicultura na Baixada.
 As abelhas sem ferrão são os principais agentes polinizadores de diversas plantas nativas que conservam a vegetação; o mel produzido pelas abelhas sem ferrão contém os nutrientes básicos necessários à saúde; as abelhas do tipo tiúba são dóceis e de fácil manejo; além de servirem de fonte de alimento, o mel produzido pelas abelhas sem ferrão representa uma importante fonte de renda na região.
“Temos 60 famílias atendidas pelo SEBRAE que vivem da produção e comercialização do mel de tiúba e conseguimos registrar a maior produção nacional vinda de abelhas desta espécie”, informa Raimundo Júnior. O acompanhamento oferecido pelo SEBRAE inclui técnicas de manejo, controle de doenças, além de treinamento em gestão e comercialização. 
“Um gargalo que enfrentamos na Baixada é a falta do SIF – Selo de Inspeção Federal, o que impede o comércio do mel da tiúba fora do comércio local”, observa. “Mas a conclusão das obras do Centro de Referência em Meliponicultura de Peri-Mirim pode quebrar este gargalo”, avalia. 
O SEBRAE está capacitando os meliponicultores e fortalecendo a comercialização do mel, por entender que esta é uma atividade sem impactos ambientais negativos, que produz um alimento com elevado nível nutricional e de retorno comercial garantido. Diversos outros produtos também advém do mel, como sabonetes artesanais e até aguardente.
“Se bem planejada a criação de abelhas sem ferrão em caixas racionais pode enquadrar-se, perfeitamente nas atuais diretrizes que norteiam o desenvolvimento da Região da Baixada, com interesses sociais de melhoria de qualidade de vida dos produtores”, conclui Raimundo Junior. 

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