Numa manhã de novembro, em Pinheiro, Maranhão, aturdido pelo calor da baixada, um acontecimento de repercussão social trouxe várias pessoas ao meu encontro. A situação era dramática. Na ocasião, conheci a obra de caridade de Padre Risso e como ele tem ajudado inúmeras crianças.
Tudo resolvido, ali nasceu em mim uma energia pulsante para conhecer aquele benfeitor. Meus pensamentos giravam em torno de uma personalidade emblemática. Para mim, o Padre Risso era uma santificação e a personificação da mão de Deus na Terra.
Os tempos foram passando e ansioso estava em conhecê-lo pessoalmente. Eis que chega o dia. Ao falar para os Missionários do Sagrado Coração, pontuei que Padre Risso era fruto de uma obra divina. É o intermediário de um Ser Supremo.
Ao vê-lo entrar naquele salão repleto de crianças, sentia aquela emoção mais pura. Aquela que nasce como uma água que brota de um chão com os amálgamas mais férteis. Ele vinha numa cadeira de rodas. Percebi nele a marca do tempo e o toque da Santidade. Apertei sua mão e senti uma vibração inesgotável.
Hoje ele completa 90 anos e, do torrão baixada maranhense, seu legado ecoará para a Eternidade.
Como ele representa a luta, parabenizo-o com a primeira estrofe do poema Canção do Tamoio de Gonçalves Dias:
"Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar”.
Eurico Arruda, defensor público.
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