quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Com o apoio da Prefeitura de Bequimão, UFMA realiza nova coleta para estudo sobre a saúde de idosos quilombolas


Quatorze idosos que residem na comunidade quilombola Santa Rita, em Bequimão, receberam a visita de estudantes de enfermagem, psicólogos e nutricionista, na última sexta (25). Os moradores tiveram acesso a exames como eletrocardiograma, escala de depressão geriátrica, coleta de sangue e antropometria.
A extensão dos serviços de saúde faz parte de uma pesquisa que está sendo desenvolvida por estudantes da Universidade Federal do Maranhão – Campus Pinheiro. Os dados coletados na visita vão compor um estudo sobre as condições de vida dos idosos que residem nas comunidades quilombolas de Bequimão.
Financiada pela Fapema e pelo CNPq, a pesquisa tem o apoio da Prefeitura de Bequimão, que não tem economizado esforços para garantir suporte técnico e logístico à equipe de pesquisadores. As informações geradas pelo estudo serão usadas pelo município para planejar o direcionamento de políticas de saúde destinadas a essas comunidades.
Durante as visitas às comunidades quilombolas, a Prefeitura mobilizou profissionais das Secretarias de Saúde, Assistência Social, Cultura e Promoção da Igualdade Racial e Agricultura para auxiliar os pesquisadores. O grupo já esteve em Ariquipá, Suassuí, Sibéria, Pericumã, Juraraitá, Conceição, Rio Grande e Marajá.
Com a realização desta nova etapa de exames, estudantes e professores estão prestes a concluir a coleta de informações para o estudo. As comunidades Ramal de Quindiua e Mafra serão as últimas a receberem a visita dos pesquisadores.
     

ENROLADO NA JUSTIÇA: Remarcado o depoimento de testemunhas em ação contra Leonardo Sá

Deputado é réu sob acusação de enriquecimento ilícito. MPF diz que ele acumulou indevidamente cargos e vencimentos, mediante informação falsa prestada ao INSS.
A Justiça Federal no Maranhão voltou a remarcar a audiência para inquirição de testemunhas de defesa do deputado Leonardo Sá (PL) em ação de improbidade administrativa em que ele réu sob acusação de enriquecimento ilícito.
Pela nova data, os depoimento serão tomados no próximo dia 12 de novembro, a partir das 16 horas 30 minutos, na 1ª vara da Comarca de Pinheiro. Antes, houve tentativas de realizar as oitivas em 10 de abril e 24 de outubro deste ano.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), autor da ação, Leonardo Sá teria acumulado indevidamente cargos e vencimentos, no período de 2009 a 2012, mediante informação falsa prestada ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), gerando prejuízo ao erário federal.
À época, Sá era vereador de Pinheiro, e teria embolsado cumulativamente remuneração da Câmara e da Prefeitura do município, além dos vencimentos da autarquia previdenciária como médico-perito.
“Com base nas provas colhidas em sede de inquérito civil, a ação imputa ao réu conduta comissiva ardilosa de prestar informação falsa ao INSS, órgão no qual possuía vínculo estatutário, para fins de perceber vantagem indevida em grave prejuízo ao erário federal no valor histórico de R$ 428.877,68 (quatrocentos e vinte e oito mil e oitocentos e setenta e sete reais e sessenta e oito centavos). Tais condutas acima narradas configuraram prática de atos ímprobos tipificados como enriquecimento ilícito (art. 9º, caput, da Lei 8.8.429/1992) e violação a princípios da administração pública (art. 11, caput e inciso I, da Lei nº 8.429/1992)”, diz o MPF.
A ação civil de improbidade administrativa já dura mais de cinco anos, tendo o parlamentar virado réu desde julho de 2016.
Nos autos, em defesa preliminar, Leonardo Sá alegou desconhecimento das disposições legais pertinentes e boa-fé no recebimento das verbas, que teriam sido posteriormente devolvidas à Câmara Municipal de Pinheiro, após sua notificação sobre a irregularidade apontada pelo MPF.
Diz também que o valor devolvido de R$ 106.348.82 não foi repassado pela então presidente da Casa legislativa ao erário municipal e que a remuneração recebida pelo INSS é direito constitucional.

Dono do Supermercado Mateus tem patrimônio de R$ 19 Bilhões

Levantamento da Folha do Maranhão em dados abertos da Receita Federal do Brasil mostra que dono do Grupo Mateus, o empresário maranhense Ilson Mateus Rodrigues, possui um poderoso patrimônio de exatos R$ 19.669.874.012,00.
O montante foi alcançado após quase 32 anos no mercado, com a pequena mercearia que vendia pinga tendo se transformado no conglomerado gigante de varejo (Mateus Supermercados), atacarejo (Mix Mateus), eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e confecções (Eletro Mateus), indústria de pães (Bumba Meu Pão), distribuição de produtos farmacêuticos (Invicta) e atacado (Armazém Mateus).
É a maior rede regional com capital 100% nacional.
Segundo o levantamento, somente o Armazém Mateus, por exemplo, possui uma frota própria de 235 caminhões operando na distribuição de produtos para os estados do Pará, Piauí e Maranhão. São mais de 20 mil funcionários, de acordo com números divulgados pelo próprio grupo.
Ilson Mateus, o empresário maranhense aparece como sócio, administrador ou dono, de mais de 130 empresas espalhadas em quatro estados. Na ponta do lápis, são: 92 empresas no Maranhão, 35 no Pará, 2 no Tocantins e 2 no Piauí.

Bolsonaro aciona PGR para bloquear fundo partidário do PSL e tirar Bivar do comando

O presidente Jair Bolsonaro acionou nesta quarta-feira (30) a Procuradoria-Geral da República pedindo o bloqueio do fundo partidário de seu partido, o PSL. Ele pede ainda que o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE), seja afastado do cargo.
Bolsonaro também solicitou que seja aberta uma investigação para a “apuração dos indícios de ilegalidades” na movimentação do dinheiro que é repassado à legenda pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), “em nome da transparência, da moralidade e do resguardo e proteção do patrimônio público”.
O movimento do presidente acontece no momento em que a disputa interna no PSL ultrapassa a esfera partidária. As duas alas da sigla partem para uma ofensiva na Justiça pelo controle da legenda e do fundo partidário —que até o final de 2019 pode chegar a R$ 110 milhões.
Desde meados de outubro, o partido de Bolsonaro está dividido entre seus mais fieis aliados e uma ala dissidente, que apoia Bivar. A legenda tem a segunda maior bancada da Câmara, com 53 deputados.
Advogado do presidente, o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga disse à Folha que o objetivo é que, por meio de uma ação civil pública, sejam apuradas a possibilidade de enriquecimento ilícito dos dirigentes da sigla e dano ao erário.
“É uma ação bastante robusta. Pedimos, inclusive, que ela seja remetida à Receita Federal para uma checagem dos documentos fiscais e de todos os gastos e despesas do partido”, afirmou.
A representação diz que o PSL tem apresentado suas contas ao TSE de “forma precária” e que, enquanto não for dada publicidade e transparência na prestação de contas da sigla, “o Poder Judiciário e a sociedade civil estarão sem mecanismos constitucionais e legais de fiscalização das verbas públicas destinadas ao partido”.
De acordo com a peça, ao não apresentar à Justiça Eleitoral todos os documentos contábeis, a direção do PSL indica “um comportamento próprio de quem atua para dificultar a análise e camuflar possíveis irregularidades, ou seja, discrepante da aparência de boa-fé que se espera daqueles que lidam com vultosos recursos públicos, conforme indicado na Constituição Federal e igualmente na Lei de Improbidade”.
A representação também é assinada pelo grupo de 23 parlamentares alinhados à Bolsonaro, entre os quais os filhos do presidente Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Eles acusam a ala ligada a Luciano Bivar de administrar os recursos partidários numa “caixa-preta”.
O documento remetido ao procurador-geral da República, Augusto Aras, afirma que o PSL tem quase 100% de sua receita composta por recursos do fundo partidário e que eles “não podem ter outro destino que não o de serem aplicados, exclusivamente, na atividade partidária, sempre guardando obediência à
legalidade, à impessoalidade, à moralidade, à publicidade e à eficiência, que são princípios insculpidos no art. 37 da Constituição de Federal”.
Também nesta quarta, o PSL conseguiu derrubar uma liminar que travava completamente os processos de suspensão que o partido tinha aberto contra 19 de seus deputados, todos alinhados a Bolsonaro.
O juiz Alex Costa Oliveira acatou em parte o pedido apresentado pela defesa do PSL alegando que não faz mais sentido a suspensão completa dos processos.
Inicialmente ele havia concedido a trava, a pedido da ala bolsonarista, por entender que os deputados que são alvo não tinham condições de promover sua ampla defesa.
Diante da apresentação ao magistrado de que os parlamentares têm todas as informações para responder ao processo, o juiz entendeu que não é mais necessária a liminar concedida na semana passada. Após a nova decisão de Oliveira, o PSL fica proibido apenas de suspender os deputados sem que o processo tenha sido concluído.
“Não se justifica mais a manutenção da liminar deferida neste feito apenas em relação a tal fato, porque não há mais prejuízo ao direito de defesa, diante das novas notificações que serão realizadas. Ressalto que este juízo não pode impedir de forma indefinida o exercício do poder disciplinar do partido, que é previsto legalmente”, escreveu Oliveira.
O PSL abriu na terça-feira (22) passada um processo de suspensão de 19 deputados alinhados ao presidente Jair Bolsonaro. Pouco depois, porém, o grupo aliado a Bolsonaro conseguiu uma liminar (decisão provisória) para travar o andamento do caso.
A ordem do juiz Alex Costa de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, foi dada horas depois de a direção do partido, comandada pelo deputado Luciano Bivar (PE), formar o Conselho de Ética, órgão responsável pelos processos.
Entre os notificados está também o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente da República, que está em embate com Bivar.
A decisão de Oliveira suspendeu processos disciplinares contra os parlamentares “por afronta ao direito de defesa e ao devido processo legal”. O juiz destacou ainda que parte das notificações entregue pelo partido aos deputados não estava completa.
A crise no PSL, que vem se alastrando na esteira das denúncias sobre o esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018, ganhou proporções ainda maiores quando foi revelado um áudio do deputado Delegado Waldir (GO) chamando Jair Bolsonaro de “vagabundo”.
Bolsonaro, por sua vez, ameaça deixar a legenda e mede forças com o presidente da sigla, Luciano Bivar —que está envolvido em esquema de laranjas em Pernambuco. Folha de SP

Júnior Marreca novamente denunciado pelo Ministério Público

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) ofereceu Denúncia contra o ex-prefeito de Itapecuru-Mirim, Antônio Filgueira Júnior (mais conhecido como Júnior Marreca) e o ex-presidente da empresa Interativa Cooperativa de Serviços Múltiplos LTDA, Georgevan Santos, por crimes de responsabilidade, devido à malversação de R$ 13,9 milhões, nos anos de 2011 e 2012.
A Denúncia foi formulada pelo promotor de justiça Igor Adriano Trinta Marques, a partir do Inquérito Civil nº 10/2015, instaurado para investigar irregularidades no contrato 32/2011, com o objeto de contratação “serviços da área pública”.
O contrato abrangia 250 pessoas cooperadas para prestarem serviços na Prefeitura de Itapecuru-Mirim, em função da produtividade. O valor global do contrato era R$ 6.523.470,10.
INVESTIGAÇÃO – Durante as investigações, dois contratados, Linaria Silva e Edson Reis, relataram irregularidades nas funções e no recebimento dos salários.
Em 2016, a Procuradoria do Município encaminhou ao MPMA somente cópias da resenha do contrato e da publicação do documento no Diário Oficial do Estado (DOE), porque não foi encontrada nenhuma cópia do pregão presencial nos arquivos municipais deixados pela administração anterior.
Sem prestar contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi feito um aditivo ao contrato, no valor de R$ 7.445.140,20.
Foi apurada, ainda, a celebração de 1.192 contratos precários de contratação de mão de obra temporária pela administração nos anos de 2011 e 2012, ao mesmo tempo da vigência do contrato do Município e a Interativa.
PEDIDOS – Na Denúncia, o MPMA requer a condenação de Júnior Marreca e Georgevan Santos pelos crimes de desvio de recursos públicos, ausência de prestação de contas e subtração de documentos.
Se condenados, as penas variam de 3 meses a 12 anos de reclusão.
Nota – O ex-deputado Junior Marreca, através de sua assessoria, encaminhou Nota ao Blog com relação a sua denúncia feita pelo Ministério Público do Maranhão. Marreca assegura que o caso ainda está em fase de inquérito – embora o MP diga que já ofereceu denúncia (clique aqui). O ex-prefeito garante ainda que “não houve qualquer ilegalidade na execução” do contrato citado. Veja abaixo.
“Em resposta a notícia divulgada pelo MPMA, o ex deputado Junior Marreca assevera que até o momento não tem ciência do teor dessa denúncia, que sequer é ainda ação penal, sendo apenas inquérito, cuja definição é conjunto de atos e diligências que têm por objetivo apurar verdades dos fatos alegados.
Afirma ainda que não houve qualquer ilegalidade na execução desse contrato.
Diferentemente do noticiado, o contrato foi prestado contas junto ao TCE-MA, órgão fiscalizador das contas públicas municipais, não tendo sido apontado qualquer indício de desvio ao erário.
Por fim, ressalta que assim que intimado apresentará sua defesa e esclarecerá os fatos, comprovando a probidade em sua gestão.”

Câmara de Serrano afasta prefeito Maguila por 60 dias

A Câmara Municipal de Serrano do Maranhão na sessão desta quarta-feira  (30), afastou por 6 votos a 3 o prefeito Maguia (PSB) por supostas irregularidades em compras com recursos do Fundeb/Fundef.
Agora quem assume os destinos do município é o vice Ribamar Almeida, as 9  horas da manhã desta quinta-feira (31).
Os parlamentares acataram a proposta que visava o afastamento do prefeito do município por até 60 dias e se for o caso a perda do mandato. Os vereadores instituíram e uma comissão processante que foi formada pelos vereadores Walter Pinto, Noir Santos e Wilton Abreu. A comissão vai investigar as possíveis irregularidades no uso de mais de 10 milhões (dez milhões), de reais do precatório do FUNDEF / FUNDEB.
Segundo os vereadores ouvidos pelo Blog, a denúncia está fundamentada em super faturamento na compra de 4 ônibus, que custam em media R$ 220 mil reais, e está por R$ 353 mil reais, que foram comprados de forma irregular segundo os vereadores, e a compra de 2500 mil carteira escolares e conjuntos de mesas para jardim de infância, também super faturadas com o dobro dos preços, os vereadores estão com as provas em mãos, e alegam ter entre outras situações. Então a Câmara analisará e decidirá sobre o pedido de afastamento do prefeito por 60 dias e a constituição da comissão processante nesta quarta-feira.
Hoje o bloco de vereadores que defendem o afastamento do prefeito e a investigação por completo, tem 06 votos e conseguiram manter a votação que ficou de 6 a 3, tornando o prefeito afastado.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Manchas de Óleo – Em Cururupu, MPMA recomenda criação de comissão para monitorar vazamento

Com o objetivo de combater os danos ambientais causados pelo derramamento de óleo que atingiu o litoral maranhense, o Ministério Público do Maranhão emitiu Recomendação na segunda-feira, 28, às secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Cururupu, Serrano do Maranhão e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para que instituam Comissão Intersetorial Extraordinária para atuar no caso.
O promotor de justiça José Frazão Sá Menezes Neto indica que as secretarias devem atuar em conjunto com os órgãos regionais do Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e demais entidades, e que a comissão seja de caráter temporário e finalidade específica para, por meio de reuniões regulares, traçar e implementar medidas emergenciais de prevenção, recuperação e segurança ambiental na região do litoral ocidental maranhense.
A região faz parte da Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses, incluindo a Floresta dos Guarás, estuários, praias e manguezais da Reserva Extrativista de Cururupu, além do Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís.
Na Recomendação, o MPMA solicita que a Comissão Intersetorial disponibilize canal de acesso telefônico de serviço 0800, número especial de três dígitos ou meio equivalente, no âmbito estadual, a ser amplamente divulgado para captação de informações referentes à visualização de óleo nas regiões costeiras, sem prejuízo da criação de outros canais como e-mails e redes sociais a fim de potencializar o acesso à informação.
Os canais de comunicação devem ser divulgados na mídia local e também para as colônias de pescadores e demais embarcações, incluindo as de praticagem, transporte de passageiros e navios em rota de entrada e saída dos portos maranhenses. Em caso de identificação de manchas de óleo, devem ser informadas à Capitania dos Portos.
Além disso, a Promotoria de Justiça recomenda a capacitação de agentes que exercerão a eventual atividade de limpeza, remoção e manuseio do material decorrente do vazamento e disponibilizem o equipamento de proteção individual, conforme as normas de segurança.
MEDIDAS EMERGENCIAIS
O Ministério Público recomendou, ainda, aos Municípios de Cururupu e Serrano do Maranhão que promovam, por conta própria ou por meio da Comissão Intersetorial a ser criada, monitoramento ambiental de eventuais rios e região costeira, inclusive manguezais, de forma a identificar em tempo hábil a existência, profundidade e extensão da poluição decorrente do derramamento de óleo, permitindo a adoção de medidas preventivas.
Para isso, devem ser instaladas barreiras flutuantes para a proteção da Reserva Extrativista de Cururupu e entorno.
Ao Estado do Maranhão foi recomendado que sejam adotadas medidas emergenciais e o apoio necessário aos municípios de Cururupu e Serrano do Maranhão a fim de evitar a continuidade dos danos ambientais; realize monitoramento ambiental de rios, praias e manguezais e a inspeção do Parque Estadual Marinho do Parcel de Manuel Luís.
Igualmente foi recomendado ao Poder Executivo estadual que identifique em tempo hábil a existência, profundidade e extensão da poluição decorrente do derramamento de óleo, permitindo a adoção de medidas preventivas; e instalação de barreiras.
Foi recomendado aos Poderes Executivos municipais e estadual a criação, no prazo de 10 dias, de um Plano Integrado de Prevenção, Recuperação e Segurança Ambiental. O plano deve contar com ações emergenciais para fiscalização contínua e eficaz das áreas atingidas; e educação ambiental sobre riscos à população. O cronograma detalhado com a execução de todas as ações previstas deve ser enviado ao MPMA.
ICMBio e IBAMA
Segundo a Recomendação, cabe aos institutos por conta própria ou por meio da Comissão Intersetorial, adotar medidas emergenciais para prevenção de danos e proteção da Reserva Extrativista de Cururupu e criação de Plano Integrado de Prevenção, Recuperação e Segurança Ambiental, no prazo de 10 dias.
Foi pedido ao ICMBio que disponibilize uma embarcação oficial para o trabalho de fiscalização na Reserva Extrativista de Cururupu.
Ao Ibama, foi recomendado que expeça, em caráter emergencial, orientação técnica sobre o manejo da fauna e flora eventualmente afetadas, bem como procedimento de retirada, limpeza da área e acondicionamento do material; estabeleça protocolo específico para a proteção dos manguezais e estuários; realize estudo sobre os impactos ambientais na Reserva Extrativista de Cururupu.

José Frazão Sá Menezes Neto requisitou a todos os destinatários da Recomendação que informem, no prazo de dez dias, se vão seguir as indicações do Ministério Público, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça, a cada 30 dias, a comprovação das medidas adotadas ou motivos para sua não adoção.

Moradores da zona rural de Palmeirândia protestam por melhorias

Moradores do povoado São Raimundo, na zona rural de Palmeirândia, fizeram uma manifestação pacifica, na manha desta quarta-feira (30), para reivindicar melhorias na estrada que dá acesso a principal via que liga povoados a cidade. A estrada, que é feita de barro, foi completamente interditada.

De acordo com informações, o grupo reivindicou também melhorias na qualidade da água que é distribuída para a população, iluminação publica e também falta de trasporte escolar. 

Veja o Vídeo:

O portal tentou entrar em contato com o Prefeito da Cidade de Palmeirândia, para uma explicação sobre a manifestação, mas até o momento não obtivemos nenhuma resposta.

Prefeitura de Bequimão e Movimento Quilombola agilizam certificação de comunidades pela Fundação Palmares


No ultimo fim de semana, a Prefeitura de Bequimão, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Promoção da Igualdade Racial, em parceria com o Movimento Quilombola de Bequimão (MOQBEQ), se reuniu com os moradores de Monte Palma, Águas Belas e Frechal. O encontro teve como objetivo definir os próximos passos para requerer a certificação onde as comunidades se autodeclaram remanescentes de quilombo junto à Fundação Cultural Palmares (FCP).
Segundo o secretário de Cultura e Promoção da Igualdade Racial, Rodrigo Martins, os trabalhos estão em ritmo acelerado. “Nos últimos dias, já nos reunimos com seis comunidades que se reconhecem como remanescentes de quilombo e buscam a certificação pela Fundação Palmares. Tivemos com os moradores de Iriritíua, Boa Vista, Santa Tereza e, agora, Monte Palma, Águas Belas e Frechal. Todas essas comunidades se declararam como remanescentes de quilombo”, garante o secretário Rodrigo Martins.
Intensificando os trabalhos, a Prefeitura de Bequimão quer não só aumentar o número de comunidades certificadas, mas também agilizar processos em curso. A iniciativa é, por exemplo, o primeiro passo para que moradores sejam beneficiados com o direito à terra, moradia, saneamento básico e programas do Governo Federal.
Para que as comunidades do município sejam certificadas, a socióloga Andréa Rabelo explica que a Prefeitura vem cumprindo um cronograma extenso de atividades. O calendário com tarefas indispensáveis ao reconhecimento inclui “entrevistas com os moradores mais velhos, registros do cotidiano local e o colhimento de assinaturas”, lista a socióloga. As próximas comunidades a receberem a força tarefa pró certificação são Pontal, Monte Alegre e Jacaretíua.
Atualmente, Bequimão conta com onze comunidades quilombolas oficialmente certificadas pela FCP, segundo o Relatório de Certidões Expedidas às Comunidade Remanescentes de Quilombos (CRQs). São elas: Ariquipá, Rio Grande, Ramal de Quindiua, Conceição, Mafra, Santa Rita, Juraraitá, Marajá, Pericumã, Sibéria e Sassuí.