O Maranhão quer atingir 100% de cobertura vacinal em seus rebanhos bovino e bubalino contra a febre aftosa e sair da classificação de risco médio para erradicação da doença com vacinação. A garantia é do diretor-geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), Luis Augusto Almeida.
O anúncio foi feito por Luis Augusto durante o relançamento da campanha na manhã desta segunda-feira (8), no Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva, em Imperatriz, evento que contou com a participação do secretário do Sul do Maranhão, Adhemar Freitas; dos diretores regionais da Aged em Imperatriz, Macélio Cangussu e de Açailândia, Alex Dorneles; do secretário de Desenvolvimento Econômico do Município, Sabino Costa; do presidente do Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural), Karlo Marques, e de criadores da região.
O Maranhão tem um rebanho de sete milhões de cabeças (o segundo do Nordeste), sendo que 70% está na Região Tocantina. Só nas microrregiões de Imperatriz e Açailândia são mais de 2,3 milhões de cabeças. Ano passado, o Estado atingiu uma cobertura vacinal de 94%, segundo auditoria do Ministério da Agricultura e Pecuária. Até maio deste ano, entretanto, só haviam sido vacinados 30% do rebanho.
A necessidade de estender o prazo da campanha se deu em razão das fortes chuvas que prejudicaram a cobertura vacinal. A autorização para a prorrogação foi concedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, após solicitação da Secretaria de Estado da Agricultura (Sagrima), por meio da Aged e apoio da Associação de Criadores do Maranhão (Ascem) e Federação da Agricultura do Maranhão (Faema).
Luis Augusto disse que o Maranhão está preparado para vacinar todo o seu rebanho. Ele explicou que a Aged montou uma força-tarefa em todo o estado e está contando com o apoio de criadores, revendedores da vacina e outras instituições.
“Os índios, os quilombolas, os assentados, os pequenos e grandes criadores estão colaborando. Isso nos deixa otimista quanto à meta traçada de alcançar 100% de cobertura vacinal”, afirmou. Ele informou que em sete anos o Maranhão saiu da classificação de risco desconhecido para risco médio. “Em 2010, o objetivo é sair dessa classificação e ficar sem doença com vacinação”.
Luis Augusto explicou que a febre aftosa é a doença mais contagiosa do reino animal e o índice de mortalidade do rebanho infectado pode chegar a 80% - no caso dos bezerros. “Além disso”, acrescentou, “os prejuízos à cadeia produtiva da pecuária com os embargos para a exportação de carne, por exemplo, são enormes”. Luis Augusto também destacou o esforço que o Maranhão vem fazendo para erradicar a doença de seu plantel bovino e bubalino e disse que estados vizinhos precisam fazer o mesmo.
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