terça-feira, 16 de junho de 2009

Barragem do Pericumã está precisando de manutenção


Uma equipe de vistoria técnica multidisciplinar do Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia do Maranhão (Crea/MA) constatou ontem que a barragem do rio Pericumã, em Pinheiro, necessita de reparos em sua estrutura e de manutenção urgentes. A barragem já desmoronou em alguns segmentos, mas não corre risco iminente de romper e provocar uma tragédia. A obra é responsável pelo fornecimento de água e pescado para cinco cidades da região da Baixada: Pinheiro, Palmeirândia, Matinha, Peri-Mirim e Pedro do Rosário.
A barragem, construída nos anos 70 e inaugurada em 1982, desde 2003 não passa por reforma. Em conseqüência disso, parte do muro de proteção (remanso), que fica do lado do mar, desmoronou deixando a sua estrutura desprotegida.
Com 100m de comprimento e 25m de largura, a barragem do Pericumã represa cerca de 63 milhões de metros cúbicos de água. Ela é composta de três comportas, uma eclusa (uma espécie de elevador hidráulica de embarcações que permite a navegabilidade do rio) e dois diques laterais.
Vistoria - A equipe multidisciplinar de vistoria é formada pelo engenheiro especialista em barragens, Selísio Santiago Freire, pelo doutor em engenharia ambiental e hidráulica, Lúcio Macedo, e o engenheiro civil e de segurança do trabalho, Francisco José Albuquerque.
Lúcio Macedo constatou que a barragem está realizando as suas funções ambientais e econômicas. “A parte de reter a água do mar e fornecer água está funcionando bem e não está causando danos ambientais a região”, disse.
Já o engenheiro especialista em barragens, Selísio Santiago Freira, constatou que a barragem precisa de reparos e manutenção urgente. “Participei da construção da barragem e posso dizer do ponto de vista técnico que se ela não for recuperada e não sofrer manutenção na parte eletromecânica poderá romper e causar um grande dano financeiro para a região”, disse.
Já o engenheiro civil e de segurança do trabalho, Francisco José Albuquerque, disse que o rompimento da barragem do Pericumã não causaria uma tragédia, como a de Algodões, no Piauí, mas causaria danos financeiros a região. “Estive lá no Piauí para ajudar os colegas do Crea e posso afirmar que pelo volume de água do Pericumã seria impossível haver uma tragédia como aquela de Algodões. Mas em cumprindo a nossa função, que é de fiscalizar edificações, vamos emitir um relatório aos órgãos competentes recomendando as providências que devem ser tomadas”, afirmou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário