terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Maranhão pode receber R$ 10 bilhões com exploração da Base de Alcântara

Deputado federal Pedro Lucas Fernandes acredita que após a promulgação de exploração da base de Alcântara, Maranhão possa receber R$ 10 bilhões de reais
A promulgação do decreto legislativo oficializando o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) entre os governos brasileiro e dos Estados Unidos (EUA) pode beneficiar o Maranhão com o Brasil entrando no mercado aeroespacial. É o que acredita o deputado Federal, Pedro Lucas Fernandes (PTB), atual presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Modernização do Centro de Lançamento de Alcântara acredita.
O acordo designa a exploração da base espacial da cidade de Alcântara para atividades espaciais por companhias estadunidenses e as proteções que esses agentes terão no desenvolvimento de ações no local, como lançamento de foguetes e satélites.
Em entrevista a O Imparcial, o parlamentar ressaltou que o mercado aeroespacial no mundo movimenta bilhões de dólares e que, com o AST, o estado pode se beneficiar com os investimentos feitos no setor pelo governo americano.
“Acreditamos que o Maranhão possa abocanhar pelo menos 10% desse mercado que chegaria a R$ 10 bilhões. É um volume muito significativo para um estado que tanto precisa de recursos”, disse o deputado federal.
Pedro Lucas Fernandes afirmou que a promulgação do AST foi um dos passos mais importantes que o Brasil deu para o seu desenvolvimento tecnológico espacial.
Ele lembrou que foi uma grande vitória que tivemos na Comissão de Relações Exteriores, e foi o primeiro passo que o Maranhão deu ali, de imediato após aprovação da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRADEN), pode-se apresentar um requerimento de urgência para que fosse logo apreciado pelo plenário.
“Foi importante porque encurtamos no mínimo um ano para esse processo de aprovação desse requerimento de urgência e do texto principal, aprovado e promulgado pelo presidente do Senado Davi Alcolumbre”, lembrou o deputado federal.
80% das pe­ças ae­ro­es­pa­ci­ais são ame­ri­ca­na
Pedro Lucas Fernandes acrescentou ainda que, a aprovação do AST foi fundamental porque 80% das peças aeroespaciais são feitas por americanos, e que o Brasil precisava desse acordo para lançar foguetes chineses, indianos, e iranianos que também tem composição de peças americanas. “A Base de Alcântara, que é o melhor lugar do mundo para se lançar foguetes, onde o uso de 30% dos combustíveis é menor. Outra vantagem que temos facilidade de localizar o descarte que cai no mar. Alcântara é uma cidade privilegiada. Estamos falando de um mercado que o Brasil tinha tudo para acontecer há 20 anos atrás, e que não ocorreu porque realmente feria a nossa soberania nacional. Agora estamos esperançosos. Se a gente for ver o custo nacional só para testes era de R$ 50 milhões de reais por ano. Um custo muito significativo para o país”, enfatizou o parlamentar.
O deputado federal lembrou que durante a 14ª. Semana de Tecnologia 2019 da Faculdade de Tecnologia de São Paulo em São Bernardo do Campo, o governo
brasileiro foi procurado por dez empresas americanas, demonstrando interesse em implementar seus projetos na base de Alcântara. Além disso, a Universidade Federal do Maranhão está investindo também no segmento ao abrir oportunidades para os interessados por meio do curso de Engenharia Espacial. “É um mercado que gera muito investimento. Já entramos em contato com a presidência da Equatorial Energia que já disponibilizou R$ 11 milhões para estabilizar a energia da base de Alcântara. Também foi constituído um grupo de trabalho de vários ministérios do qual eu faço parte para vermos o que de imediato o Centro de Lançamento de Alcântara precisa para que possa desenvolver os lançamentos em teste.
De imediato, o Ministério de Infraestrutura já está fazendo as estradas necessárias; a pista do aeroporto que é maior do que o de São Luís terá uma estrutura para receber passageiros civis. Então são várias etapas que estão se desenvolvendo para que São Luís e Alcântara se transformem em referência no segmento de tecnologia de ponta”, acrescentou Pedro Lucas Fernandes.

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