O Ministério Público Federal (MPF)
denunciou nesta quarta-feira (14) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mulher dele,
Marisa Letícia, e mais seis pessoas no âmbito da Operação Lava Jato. O motivo
da denúncia ainda não foi divulgado. Os procuradores informarão os detalhes em
uma entrevista à imprensa nesta tarde. Caberá à Justiça decidir se os
denunciados se tornarão réus.
Veja quem foi denunciado
Luiz Inácio Lula da Silva - ex-presidente
Marisa Letícia - mulher de Lula
Léo Pinheiro - ex-presidente da OAS
Paulo Gordilho - arquiteto e ex-executivo da OAS
Paulo Okamotto - presidente do Instituto Lula
Agenor Franklin Magalhães Medeiros - ex-executivo da OAS
Fábio Hori Yonamine - ex-presidente da OAS Investimentos
Roberto Moreira Ferreira - ligado à OAS
O advogado Edward de Carvalho, que defende Léo Pinheiro e Agenor Franklin
Magalhães Medeiros, não vai se manifestar. Da mesma forma, o advogado Cal
Garcia, que faz a defesa de Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira,
também não vai comentar a denúncia.
Indiciamento
Em agosto deste ano, a Polícia Federal (PF) indiciou Lula, Marisa Letícia, o
ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, o arquiteto Paulo Gordilho e o presidente
do Instituto Lula Paulo Okamotto por crimes como corrupção ativa, passiva e
lavagem de dinheiro.
Os cinco foram investigados por supostas irregularidades na aquisição e na
reforma de um apartamento triplex do Edifício Solaris, no Guarujá, no litoral
de São Paulo, e no depósito de bens do ex-presidente.
De acordo com o indiciamento, a OAS pagou por cinco anos (entre 2011 e 2016) R$
21,5 mil mensais para que bens do ex-presidente ficassem guardados em depósito
da empresa Granero.
Os pagamentos totalizam R$ 1,3 milhão. Ainda de
acordo com a Polícia Federal, o montante corresponde a vantagens indevidas
pagas pela Construtora OAS em benefício de Lula.
Na ocasião, o advogado do ex-presidente e da ex-primeira-dama, Cristiano Zanin
Martins, afirmou que o relatório da Polícia Federal "tem caráter e
conotação políticos e é, de fato, peça de ficção".
O Instituto Lula e a defesa de Paulo Okamotto informaram que, como não tiveram
acesso aos detalhes do indiciamento, não tinham como se pronunciar. Por meio do
Instituto Lula, o ex-presidente reiterou que não é proprietário de nenhum
imóvel no Guarujá.
G1
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