Por Regina Souza: A vida sempre dá Voltas!
Um certo dia, lá pelos idos dos anos
80, em Pinheiro, eu (uma adolescente) arrumava as malas para deixar o
aconchego, o calor e os braços protetores da família, para estudar na capital.
Lembro-me da minha avó, Edite (hoje, nos braços de Deus) e da minha mãe,
Irlandia, chorando, como se eu estivesse partindo para um lugar muito distante.
E naquela época parecia muito longe, mesmo! Vim de ônibus, estrada ruim, e
foram quase 10 horas de viagem… Aqui, na Capital fui acolhida pelos Tios
Juarez e Glória, aos quais sou extremamente grata. Estudei, me formei,
constitui família, tive uma filha biológica e criei mais duas, que são parte de
mim. Três décadas depois, vejo a minha filha do meio, Raymara, uma daquelas que
não pari, mas, que são parte de mim, fazendo a mesma coisa, só que de forma
inversa: arrumando as malas, pegando o ferry boat, seguindo para o lugar de
onde eu saí, para fazer a Faculdade de Medicina. Adoravelmente irônico!
Sinal de que não foi só a minha filha
que cresceu; a cidade onde cresci, e que posso chamar de minha, também deu um
salto importante. Sei que tem muitos problemas, mas, este, é um avanço
importante que ninguém pode negar.
Eis-me aqui, cheia de orgulho (a
coisa boa do orgulho) e, ao mesmo tempo, de muita saudade, como aquela mãe
coruja que vê seu filhote criar asas e ensaiar os primeiros voos.
Filha, que o Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora, derramem em sua vida, muitas saúde e sabedoria, para que você possa voar de uma forma brilhante, e escrever uma linda história! Te amo profundamente, meu amor!
Filha, que o Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora, derramem em sua vida, muitas saúde e sabedoria, para que você possa voar de uma forma brilhante, e escrever uma linda história! Te amo profundamente, meu amor!
E o bom é que não precisaremos viajar
dez horas para nos olharmos! Amanhã a gente se vê!
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