Diante
dos últimos acontecimentos a Associação de Policiais Militares de
Timon lança uma nota esclarecendo as últimas reivindicações da
categoria e reconhecendo a legitimidade de liderança do Deputado Cabo Campos a
frente da categoria militar.
O MANDATO É DO POVO.
" Todo
o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos de nossa constituição".
O parágrafo único
do artigo 1º da nossa Carta Constitucional é didático, cristalino e deixa claro
que o político com mandato nada mais faz, ou deveria fazer, que trabalhar todos
os dias para realizar o interesse do povo, do coletivo que o elegeu. Digo isso
porque pude observar nas redes sociais, algumas manifestações contrárias ao
fato de associações de praças PMs e BMs terem "convocado “um deputado
estadual, Cabo Campos, para esclarecer porquês de sua atuação no parlamento
maranhense. Houve mesmo quem dissesse não caber a essas categorias cobrar
contas de um parlamentar.
Santa ignorância,
Batman! Ora meus amigos, quando é que nosso povo compreenderá que aquele que
desempenha um mandato popular o faz, apenas por vontade do povo? Um mandato não
é propriedade do político para que ele faça o que bem quiser.
Pertence a mim e a
você, ao seu Joaquim da padaria da esquina, às associações de bairros, aos
grupos de jovens das igrejas, ao povo! Precisamos entender que parlamentares
são meros representantes dos nossos interesses. Precisamos fazê-los entender, e
nunca mais esquecer, que estão a nosso serviço e que não podem se comportar
como se fossem superiores, melhores ou mais importantes que nós. Isso é uma
mentira que nos ensinaram! Trabalham para nós, somos o patrão! Desde cedo
deveriam nos ensinar essa lição. Mas não fazem o oposto, nos fazem acreditar
que somos servos inferiores e que o parlamentar, ou chefe do executivo, está
acima de nós, é mais digno e melhor que nós.
Pois bem, eles
estão lá porque o pusemos para concretizarem nossos melhores interesses, nossos
sonhos. Não podem e não devem se afastar dessa missão. É inaceitável que se
comportem doutra maneira que não seja buscando realizar o anseio do povo. Caso
se afastem, e me parece que essa é a regra, devemos lembrá-los de quem tem o
poder, numa perspectiva constitucional.
O cidadão não pode
se sentir intimidado quando estive diante de figuras públicas detentoras de
mandatos e tiver que cobrá-los de suas obrigações. O cidadão tem todo o direito
de exigir que ele cumpra o seu múnus, seu dever de bem representar o
povo. E não interessa que eu não tenha votado nele! O compromisso é o mesmo...
O político, por sua
vez, deve encarar tal posição, por parte do cidadão, como coisa natural, típica
da república, da democracia e da cidadania. Não pode querer se sentir ofendido,
constrangido ou afrontado quando cobrado pelo homem comum. Ele é um servidor do
povo e, como tal, deve se submeter ser republicano e cidadão.
Quanto ao
"convocamento" do Deputado Estadual Cabo Campos, penso que ele deve
encarar isso como uma oportunidade para expor suas ideias, projetos e suas dificuldades
diante de um governo centralizador e que, do meu ponto de vista, não lhe dá
ouvidos. Eu mesmo, sei que ele não tem tido vida fácil no Governo Flávio Dino.
Nenhum dos projetos que apresentou ao governo foi à votação. É deputado da base
do governo mas, tratado como se fosse da oposição, sem o devido respeito da
parte do executivo que, sequer, o chama a sentar à mesa para tratar dos temas
da segurança pública estadual. No entanto, há quem o diga "traidor"
das praças PM, outros, que se lambuzou com o excesso de mel, não fala mais em
defesa da categoria e não legisla em seu favor. Uma avaliação exagerada e
injusta, certamente.
A convocação das
associações para que ele fale de sua atuação no parlamento deve ser vista por
ele como uma oportunidade. Sim, uma oportunidade para que ele possa esclarecer
o porquê de não conseguir aprovar indicativos ou projetos para os trabalhadores
PM's, uma excelente ocasião para que ele deixe claro que se não consegue
avançar é porque não o permitem, se for esse o caso.
A parte boa, é que
há tempo para ele redefinir estratégias, se for o caso, fortalecer a defesa dos
trabalhadores e falar o que precisa ser falado, contra o governo se for
preciso, em defesa do povo do maranhão e dos que o elegeram, ou não.
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