domingo, 4 de dezembro de 2016

INSTITUCIONAL NOTÍCIAS TRANSPARÊNCIA PROFISSIONAIS OUVIDORIA Maranhão terá assistência oncológica ampliada com cirurgia de alto padrão para tratamento do câncer de peritônio

Médico José Maria Assunção destaca participação do corpo clínico do Hospital de Câncer Tarquínio Lopes Filho no procedimento de grande porte. Foto: Wéllida Nunes

Para ampliar a assistência oncológica no Maranhão, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), estuda viabilizar junto ao Instituto Nacional do Câncer (Inca) a realização da Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC) que, através da sua associação com a Cirurgia de Citorredução (CRS), representa um grande avanço no prognóstico e sobrevida dos doentes acometidos por tumores abdomino-pélvicos que evoluíram para a carcinomatose peritoneal (CP).
Em dezembro, será realizada no Hospital de Câncer Tarquínio Lopes Filho (HCTLF), a primeira HIPEC pelo médico cirurgião oncológico Leonaldson Castro, do INCA, referência nacional e internacional em cirurgia oncológica e no método em questão. A equipe que participará do procedimento, previsto para o dia 2, integra o corpo clínico do HCTLF.
“Essas iniciativas proporcionam uma maior resolutividade na área oncológica. Estamos trabalhando para qualificar e ampliar os serviços de saúde pública oferecidos à população do nosso estado”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
Segundo o diretor geral do Hospital de Câncer, o médico José Maria Assunção, o procedimento de grande porte está em fase de avaliação. “Essa será a primeira cirurgia HIPEC realizada no estado. Tanto a rede pública quanto a privada ainda não disponibilizam esse nível de tratamento. A partir dessa primeira realização, a intenção é que seja estruturado o serviço permanentemente na unidade, pois precisamos acompanhar os avanços na área da oncologia que beneficiam o tratamento dos nossos pacientes”, explicou o diretor.
A CP é também chamada de câncer de peritônio e consiste na disseminação de células tumorais pela membrana que reveste os órgãos. Esse tipo de câncer sempre foi considerado como uma doença incurável e com uma esperança média de vida reduzida, de cerca de seis meses, após o diagnóstico. Antes desses avanços, o tratamento oferecido era apenas a quimioterapia sistêmica (na veia ou via oral), mas no que diz respeito à sobrevida dos pacientes, apresenta benefícios menores. Atualmente, com os novos quimioterápicos existentes e introduzidos no tratamento desta condição médica, os resultados são ligeiramente melhores.
“A HIPEC atua matando as células cancerígenas, aliada ao quimioterápico local, administrado na superfície peritoneal, que possui efeito a partir da absorção e possibilita a destruição de toda a doença microscópica existente. É diferente e mais eficaz que o tratamento sistêmico. Ela é uma cirurgia que representa os avanços da medicina nessa área, indicada para casos de câncer de ovário, apêndice, e outros tipos de cânceres ginecológicos, ou que tenham relação com carcinomatose peritoneal”, completou o médico oncologista e diretor geral do HCTLF, José Maria Assunção.

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