quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mortandade de inexplicável de peixe no igarapé do açude


Apareceu de forma inexplicável, desde o último dia 02 uma mortandade em duas espécies, das 18 encontradas no igarapé do açude, que fica localizado entre o povoado Montes Claros e a região do Gama, no município de Pinheiro, a aproximadamente 20 km da sede do município. O rio é a maior fonte de renda dos moradores de pelo menos 10 povoados da região, a 3 anos apareceu nas águas geladas do igarapé do açude a espécie curimatá, embora ela não seja uma espécie comum dos rios da região, a grande produção em cativeiro e as enchentes que transbordam os açudes levaram a curimatá para alguns rios de Pinheiro e Montes Claros foi um dos contemplados. É exatamente a curimatá, a espécie mais atingida com o fenômeno misterioso, um tipo de veneno está matando de forma fulminante a curimatá e o jandiá.
Os moradores que proíbem a pescaria de tarrafa nesta época do ano e de rede durante todo o ano no igarapé do açude, não estão pescando, o detalhe é que as famílias dependem do peixe para sobreviver, mesmo com a pescaria apenas de anzol, muita gente se utiliza do caniço e das iscas para por a comida na mesa. A extensão do igarapé é de cerca de 20 km, a mata é preservada pelos moradores em todo o leito do rio, mas o lugar possui uma vegetação típica do serrado maranhense, de seca absoluta no verão e demasiadamente alagada nesta época do ano, o que faz da terra um local perfeito para o plantio de arroz, a aproximadamente 3 anos os produtores estão se utilizando de um veneno chamado AZT, para matar o capim das roças e portanto, ajudar na produção de arroz, a principal dúvida levantada por nós, no momento em que estivemos no local, colhendo as imagens para uma reportagem que foi veiculada na TV Pericumã, foi se esse veneno, não seria prejudicial a vida dos peixes do igarapé, haja visto, que as roças são banhadas por parte desse rio, segundo os pescadores, essa hipótese é descartada levando em consideração que esse veneno já é utilizado a alguns anos e só agora os peixes apareceram mortos. O certo é que enquanto não se encontra uma explicação os cardumes continuam morrendo. O mal cheiro da água já incomoda os pescadores, mesmo com as fortes correntezas, técnicos da secretaria de meio ambiente do município, já estiveram no local, resta apenas esperar e contar com uma dose do milagre divino, já que fé e trabalho andam juntos com os moradores dos povoados.

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