Bequimão testemunhou mais ameaça a um cidadão envolvendo o ex-vice-prefeito e filho de Leonardo Cantanhede, Ednaldo César Rodrigues Cantanhede. Prints de uma conversa divulgados neste domingo (14) em grupo de WhatsApp mostram que César ameaçou um bequimãoense, sugerindo que vai prejudicá-lo na empresa onde trabalha.
“E vamos ver se isso aí não vai impactar onde tu está trabalhando, que eu já sei também onde é que está, porque eu vou fazer uma comunicação diretamente para o proprietário, certo? Eu como policial federal, eu posso fazer isso. Então bora ver, bora ver o que vai dar”, ameaçou César em um dos áudios enviados à vítima.
César teria ficado descontrolado ao ver o compartilhamento de uma reportagem que mostra o rombo de R$ 2 milhões deixado pela gestão do seu pai e que gerou prejuízos por anos de pagamento de precatórios pelo município.
A denúncia viralizou rapidamente nas redes sociais, reacendendo o debate sobre a postura autoritária de quem faz todo tipo de manobra e manipulação para voltar à cena política de Bequimão. Mais uma vez, ficou demonstrado seu despreparo e desequilíbrio.
Ao publicizar a situação, a vítima deu uma invertida de forma direta. “Será dois processos: um seu e outro meu. Sendo você policial federal ou não, ameaça é crime e meu emprego não tem nada a ver com problemas externos! Isso só mostra que você é um político incapaz e nunca será prefeito da nossa cidade", respondeu o trabalhador vítima de intimidação.
*Reincidência preocupante*
Não é a primeira vez que César Cantanhede é acusado de violência ou intimidação. Uma reportagem de 2020, publicada em blog do Jornal O Estado do Maranhão, relatou episódios graves envolvendo o filho do ex-prefeito, incluindo ameaças armadas no povoado Marinho, quando um morador teve o celular tomado e quebrado enquanto filmava uma confusão; três boletins de ocorrência durante a campanha de 2016, envolvendo agressões físicas, ameaças e difamação; e relatos de uso de arma de fogo para intimidar moradores, e até ameaça explícita de morte contra uma mulher.
Esses casos consolidam a imagem de um aspirante a político que, em vez de dialogar, prefere intimidar adversários, numa conduta incompatível com a política democrática. A verdade é clara: a política exige equilíbrio, serenidade e compromisso com o coletivo. Para seguir no jogo eleitoral, César precisará explicar muito mais do que seus processos contra críticos; precisará justificar suas próprias atitudes à luz da lei.
*Impacto político*
O episódio desta semana coloca César em situação delicada. Para analistas, ameaçar um trabalhador utilizando o cargo de policial federal não apenas fere a ética, mas pode configurar crime de ameaça e abuso de autoridade. A denúncia também preocupa a própria oposição, que teme que novos escândalos comprometam a imagem do grupo perante a população.
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