quinta-feira, 26 de outubro de 2023

El Niño pode agravar seca no Nordeste nos próximos meses, alerta Inpe

 

El Niño pode agravar seca no Nordeste nos próximos meses, alerta Inpe

Além de ser um dos fenômenos climáticos responsáveis pela grave seca em grande parte da Região Norte do país - afetando só no Amazonas, mais de 630 mil pessoas atualmente - até janeiro de 2024, o El Niño também deve agravar a seca em parte do Nordeste. O alerta está no painel de monitoramento do El Niño, uma publicação do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em conjunto com outras instituições. 

O documento aponta que as chuvas abaixo da média para os próximos 3 meses na área norte nordestina deve causar um reflexo imediato nos níveis de armazenamento de água no solo.  

De acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, atualmente, mais de 100 municípios nordestinos estão em condição de seca severa. Isso afeta cerca de 30% das áreas agrícolas e de pastagens. Em algumas regiões, como no extremo oeste da Bahia, a área impactada já chega a 80%.  

Até o momento, os reservatórios da região apresentam níveis regulares, decorrentes das chuvas do ano passado.  

O boletim Painel El Niño também traz uma previsão que gera preocupação: com o menor volume de chuvas esperado para o período de janeiro a julho do ano que vem no Nordeste, a recarga hídrica pode não ser suficiente para elevar o armazenamento dos reservatórios a níveis adequados para o consumo, a irrigação e a energia.  

Por causa dos possíveis impactos decorrentes do El Niño, foi criada uma Sala de Crise da Região Nordeste, que reúne pessoas envolvidas na gestão dos recursos hídricos e que compartilham informações técnicas sobre a evolução do El Niño. A ideia é articular ações para serem implantadas durante o fenômeno climático. 

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