sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Cerca de 13 pessoas são conduzidas em Bacuri por envolvimento em derrubada de escola

 

PROFESSOR E CERCA DE OUTRAS 12 PESSOAS SÃO CONDUZIDOS POR ENVOLVIMENTO EM DERRUBADA DE ESCOLA NO INTERIOR DO MARANHÃO; POPULAÇÃO AMEAÇA INVADIR PREFEITURA EM PROTESTO — FOTO: DIVULGAÇÃO

Nesta quinta-feira (4), um professor da cidade de Bacuri, a 520 km de São Luís, foi conduzido à Delegacia de Cururupu, cidade localizada na região do Litoral Ocidental Norte do Maranhão, suspeito de convocar um grupo de moradores para demolir a Unidade de Ensino Miguel Nery, que fica localizada no povoado São Paulo, em Bacuri. 

Além do professor, cerca de outras 12 pessoas suspeitas de envolvimento na demolição, também, foram conduzidas pela polícia para prestar esclarecimentos. Após a condução dos suspeitos, moradores se juntaram em frente à Prefeitura de Bacuri para protestar contra a detenção dos populares.

Segundo moradores da região, dezenas de pessoas foram para a frente da prefeitura e chegaram a atear fogo em pneus, além de ameaçarem invadir o local, como forma de exigir a liberação dos conduzidos. 

Equipes da Polícia Militar estão no local tentando impedir a invasão da prefeitura. Um helicóptero do Centro Tático Aéreo Maranhão (CTA) também está sobrevoando a área. 

Miguel Nery. 

Segundo o boletim de ocorrência registrado pelo secretário de Educação, a unidade escolar passava por reforma em sua estrutura física e seria destinada para servir como laboratório de informática e biblioteca. Porém, o professor da escola Nazaré Cavalcante teria convocado os populares para demolirem a unidade. Já a derrubada da estrutura, realziada nessa quarta, teria sido organizada por um vigia da mesma escola na qual atua o professor. 

Populares relataram que a UE Miguel Nery, que é destinada aos anos iniciais do ensino fundamental e Educação de Jovens Adultos (EJA), foi totalmente derrubada pelos moradores, pois, estava sendo construída por cima de material inadequado, o que colocaria em risco a vida dos alunos e funcionários da escola.

Além da escola Miguel Nery, a Unidade de Ensino Tancredo Neves, localizada no Povoado Madragoa que, também, oferece aulas para os anos iniciais do ensino fundamental e Educação de Jovens Adultos (EJA), teve uma parede derrubada pela população. A outra parte da escola foi demolida pela prefeitura, que teria sido pressionada pelos moradores.

Prefeitura de Bacuri afirmou, por meio de nota, nessa quarta-feira (3), que havia interesses políticos por trás da ação popular de destruir a escola Miguel Nery. 

“O mesmo pequeno grupo de pessoas interligadas por interesse político-partidário convocou a população do Povoado São Paulo, de forma ardilosa, para efetivamente demolir a escola Miguel Nery que estava sendo reconstruída, o que realmente fizeram neste dia 3 de agosto do corrente ano. Demoliram a escola de forma irresponsável, sem sequer procurar a Prefeitura Municipal para reivindicar o que quer que seja, tampouco não se basearam em nenhum laudo técnico pericial de profissional especializado para lastrear a vândala ação a que pretendem conferir legitimidade e legalidade”, declarou a prefeitura. 

Quanto à escola Tancredo Neves, a gestão municipal afirmou que já existe um projeto de engenharia para a reconstrução da escola, o qual está sendo executado pela administração municipal, para que a mesma fosse viabilizada.

A Prefeitura de Bacuri afirmou, também, que todas as obras da Administração Municipal obedecem a projetos específicos de engenharia e são desenvolvidas rigorosamente de acordo com esses projetos, sendo feito o controle de qualidade em todas as etapas de construção, inclusive com o acompanhamento do engenheiro responsável por cada obra.

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