quinta-feira, 22 de abril de 2010

Uema vai realizar 1ºCongresso Brasileiro de Palmeira de Babaçu


Um dos mais destacados cientistas da atualidade no Maranhão, o professor doutor Hamilton Almeida, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), juntamente com pesquisadores de diversas áreas, vão apresentar, no I Congresso Brasileiro de Palmeira de Babaçu, que será realizado em São Luís, de 25 a 28 deste mês, duas máquinas de processamento do coco babaçu visando industrializar a produção de derivados dessa palmeira.

Uma máquina é extratora especializada na quebra do coco e esmagamento das amêndoas. A outra é uma secadora para cocção/secagem do grão ou material. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (Fapema) patrocinou a pesquisa que resultou na tecnologia dos protótipos das máquinas de quebra mecânica do babaçu.

Além da apresentação das máquinas, o Congresso tem como meta redimensionar o beneficiamento e comercialização dos produtos gerados do babaçu. “Queremos que a produção com insumos dessa palmeira volte aos seus tempos áureos no Maranhão, como na década de cinquenta, quando existiam aproximadamente 22 indústrias de óleo e sabão gerados a partir desse vegetal”, afirmou o cientista.

Uma das ações que será discutida no Congresso será a implantação do Programa Bicombustível do Maranhão que será implantado pela Uema, Universidade Federal do Maranhão (Ufma) e várias Secretarias de Estado. O objetivo é criar fontes alternativas de energia no estado, incluindo o uso do babaçu, um recurso natural estimado em 10 milhões de hectares no Maranhão, o que corresponde cerca de 70% do total nacional.

Com uma produção de 8.360.183 tonelada anual de coco de babaçu, ainda pouco explorada, há condições de se gerar, além do biodiesel, produtos como metanol, carvão vegetal, grafite, alcatrão, combustível de fornos e caldeiras, rações, aglomerados para construção civil e para fabricação de móveis, entre outros. Os demais babaçuais estão nos Estados do Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Piauí e o Pará.

Cerca de 300 mil famílias trabalham na coleta e quebra artesanal do babaçu no Maranhão, principalmente, nas regiões do Médio Mearim, Cocais, Pré-Amazônia, Baixada e Cerrado Maranhense. A produção é intensa em municípios como Coroatá, Pedreiras, Imperatriz, Lima Campos, Pinheiro e Peritoró.

O mesocarpo do babaçu serve para a produção de farinha e de álcool e a parte encorpada gera carvão de alta qualidade. A amêndoa é a parte mais rica, capaz de originar óleo de cozinha, biodiessel, sabão, detergente, sabonete e bioquerosene.

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