quinta-feira, 29 de maio de 2025

Posto de Combustível de São Bento ganha contrato de R$ 4,5 milhões na Prefeitura de Peri-Mirim

 

Na administração do prefeito Heliezer Soares, em Peri-Mirim, os contratos firmados pela Prefeitura continuam despertando desconfiança — até a São Sebastião, santo padroeiro da cidade. Depois da polêmica envolvendo a compra de quentinhas e lanches no valor de R$ 324 mil, denunciada pelo vereador Matheus de Galinha Branca, agora surge mais um contrato milionário que chama atenção pelo volume e pelas circunstâncias.

O mais novo episódio envolve a contratação do Posto Vitória II Ltda, localizado no povoado São Roque, zona rural do município de São Bento, a aproximadamente 25 km da sede de Peri-Mirim, mesmo na Receita Federal o posto tenha endereço de São Roque – Palmeirândia. O posto foi contratado para fornecer 747 mil litros de combustíveis — gasolina comum e óleo diesel S10 — ao valor total de R$ 4.509.212,79 (quatro milhões, quinhentos e nove mil, duzentos e doze reais e setenta e nove centavos).

O volume contratado representa mais de 747 toneladas de combustível, o que levanta dúvidas sobre o real consumo da frota do município. A empresa tem como sócios João Haroldo Soares e Raquel de Jesus Ramos, com capital social declarado de apenas R$ 200 mil, valor suficiente para comprar cerca de 33 mil litros — ou seja, menos de 50% do total contratado pela Prefeitura.

Essa contratação acontece pouco tempo depois da revelação de que a chefe de gabinete do prefeito, Maria Isys Holanda da Silva, teria supostamente montado um posto de combustíveis em Pinheiro, o “Posto Holanda”, apontado por denúncias como pertencente a ela. Isys seria ex-esposa de Daniel Corrêa, identificado como um dos possíveis lobistas e operadores da atual gestão municipal.

O caso reforça a necessidade de maior fiscalização dos contratos públicos e levanta questionamentos sobre os critérios adotados pela Prefeitura de Peri-Mirim na escolha de fornecedores. Com um município pequeno e uma frota limitada, o volume contratado e a distância do fornecedor causam estranheza até mesmo entre os vereadores da base aliada.

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