A governadora Roseana Sarney e o
ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade,
assinaram na tarde desta segunda-feira (2), no Parque Independência, em São
Luís, Instrução Normativa que certifica nacionalmente o Maranhão como Zona
Livre de Febre Aftosa com Vacinação. A nova classificação
sanitária é uma antiga reivindicação dos criadores e abre novas perspectivas
para a pecuária maranhense.
Roseana Sarney afirmou que o
setor agropecuário maranhense, que responde por 17% do PIB estadual, dá um
grande salto com a nova classificação. “A pecuária é uma de nossas mais
importantes atividades econômicas e a assinatura dessa portaria tem um significado
emblemático para o meu governo, pois foi no meu
segundo mandato que, em parceria com a associação dos criadores, à época
comandada por Cláudio Azevedo, que iniciamos essa grande cruzada contra a febre
aftosa”, afirmou a governadora.
“Esse cenário de crescimento que
vislumbramos para a pecuária do estado a partir de hoje [ontem], fruto do
compromisso e empenho do meu governo, do Ministério da Agricultura e dos
criadores, é uma conquista de todos que trabalham por um Maranhão forte e
desenvolvido, um Maranhão de oportunidades”, assinalou Roseana Sarney.
O ministro Antônio Andrade
ressaltou o trabalho da governadora Roseana Sarney ao conseguir que o Maranhão
cumprisse todos os critérios estabelecidos pelo Mapa, se destacando com algumas
ações, além de ter ajudado outras federações na realização da sorologia dos
animais e criação de agência de defesa agropecuária e do Fundo de
Desenvolvimento da Pecuária.
“Sei da importância do trabalho
que foi realizado aqui e preciso que o Maranhão continue ajudando outros
estados”, solicitou o ministro. “Essa classificação vai valorizar ainda mais o
rebanho maranhense de quase 8 milhões de bovinos e bubalinos”, pontuou Antonio
Andrade.
A assinatura do documento foi
prestigiada pelo ministro do Turismo, Gastão Vieira; presidente da Assembleia
Legislativa do Maranhão, Arnaldo Melo; vice-prefeito de São Luís, Roberto
Rocha, presidente da Associação de Criadores do Maranhão, Assub Neto; além de
deputados estaduais, federais, secretários de estado, criadores e gestores públicos
e de diversos órgãos ligados ao setor produtivo maranhense.
O pleito para a certificação
internacional junto à Organização Mundial de Saúde Animal será enviado pelo
Mapa, em meados do mês de outubro deste ano e a previsão é de que em maio de
2014 o Maranhão seja classificado internacionalmente, junto com os estados do
Pará, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Paraíba, que
formaram um bloco que faz parte do programa de ampliação da zona livre de febre
aftosa, coordenado pelo ministério.
Apoio
Em seu discurso, o secretário
Cláudio Azevedo agradeceu o apoio da governadora Roseana Sarney, dos criadores
e elogiou o trabalho dos técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão
(Aged), órgão vinculado à Sagrima. “Esse é o resultado de um trabalho árduo, de
uma parceria forte com os criadores e é uma conquista que insere o Maranhão nos
grandes centros pecuários”, disse ele, informando que alguns frigoríficos já
estão se instalando no Maranhão por conta dessa classificação.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado
Arnaldo Melo parabenizou a governadora Roseana Sarney pela conquista para o
Maranhão, confiante de que, pouco tempo, o estado possa atingir a classificação
internacional, podendo, também, exportar carne para o mercado mundial, via
Porto do Itaqui.
A Assembleia, por iniciativa do deputado estadual
Roberto Costa, concedeu ao ministro Antônio Andrade e ao secretário Cláudio
Azevedo a Medalha de Honra ao Mérito Manoel Bequimão. Após a solenidade, o
ministro Antônio Andrade e o secretário da Cláudio Azevedo participaram de um
churrasco, no Parque Independência, em comemoração a classificação do Maranhão.
Ações que
classificaram nacionalmente o Maranhão como Zona Livre de Febre Aftosa com
Vacinação
- O Projeto de Ampliação da Zona Livre de Febre
Aftosa foi iniciado em fevereiro de 2011, durante evento que reuniu, em Maceió,
os secretários de estado de agricultura e diretores de agências agropecuárias
dos estados do Maranhão, Ceará, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco
e Pará e representantes do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
- A partir daí os estados firmaram um pacto para
atender a uma série de exigências determinadas pelo MAPA para que conquistassem
o reconhecimento nacional de zona livre de febre aftosa e pudessem pleitear
junto à Organização Mundial de Saúde Animal o reconhecimento internacional do
novo status sanitário.
- Durante esse período, foram realizadas cinco
campanhas de vacinação contra a febre aftosa, e duas auditorias que mediram a
eficiência, infraestrutura e capilaridade dos serviços de atenção veterinária
dos estados, coordenados pelas agências de defesa agropecuária.
- Nessas auditorias, o Maranhão se destacou cumprindo
89% dos requisitos na primeira avaliação e 100% na segunda.
- Também nesse período, o Maranhão atingiu o recorde
de cobertura vacinal dos últimos dez anos de campanhas oficiais e imunizou 97%
do rebanho de bovinos e bubalinos.
- A última etapa para a nova classificação sanitária
foi a realização do inquérito epidemiológico, realizado no período de abril de
2012 a março de 2013, que teve como objetivo comprovar a não circulação do
vírus da febre aftosa nos estados concorrentes.
- Mais uma vez, o Maranhão foi destaque, visto que
foi o primeiro estado a concluir a sorologia, ainda em dezembro de 2012.
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