quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Prefeito de Guimarães é acusado de receber mais de R$ 18 mil em diárias em apenas dois meses

Uma denúncia recente acende o alerta sobre uma possível farra de diárias na Prefeitura de Guimarães. Informações levantadas a partir do Portal da Transparência revelam um padrão preocupante nos gastos com diárias dos chefes do Executivo municipal nos últimos anos.

De acordo com os dados, o ex-prefeito Osvaldo Luís Gomes, que assumiu em 2021, não teria recebido salário como prefeito durante os primeiros meses de gestão — por ser servidor público, atuando como professor, segundo registros oficiais. No entanto, recebeu diárias que totalizam R$ 13.650,00 entre maio e julho daquele ano, conforme previsto na Lei Municipal nº 875/2017. Veja os dados clicando no link AQUI

As despesas teriam sido justificadas por viagens institucionais a São Luís e outros compromissos administrativos. Cada diária custava R$ 1.950,00, sendo sete diárias empenhadas em três parcelas. O valor chama atenção por não haver registros de hospedagem em hotéis, o que pode indicar possível desvio de finalidade dos recursos públicos.

Já o atual prefeito, Ariomagno Ferreira Cartagenes, conhecido como Magno, vai além. Somente nos meses de maio e junho de 2025, o prefeito teria recebido R$ 18.200,00 em diárias, mesmo já recebendo seu salário integral de R$ 17.674,36. Isso representa um acúmulo de mais de R$ 35 mil em apenas dois meses — entre remuneração e diárias.

As justificativas apresentadas seriam viagens a Brasília, durante a Marcha dos Prefeitos, e a São Luís, com a concessão de até quatro diárias por viagem, mantendo o mesmo valor unitário de R$ 1.950,00. No entanto, há suspeitas de que algumas dessas viagens não tenham sequer ocorrido, o que levanta a hipótese de irregularidades e uso indevido de recursos públicos.  Veja os dados clicando no link AQUI

A prática repete um modelo já adotado na gestão anterior, mas com valores ainda mais expressivos e em um contexto de crise fiscal enfrentada por diversos municípios maranhenses.

Em tempos de escassez de recursos, os altos gastos com diárias escancaram a falta de compromisso com a economicidade e a transparência. A situação exige respostas da Câmara de Vereadores e uma atuação firme do Ministério Público, que precisa investigar se há de fato legalidade nos pagamentos e se as viagens aconteceram ou não.

“Enquanto falta dinheiro para saúde, educação e infraestrutura, sobra para bancar supostas viagens administrativas. É hora de dar um basta”, comentou um aliado do prefeito, que preferiu não se identificar por temer retaliações.

A sociedade Vimarense cobra explicações do Executivo e fiscalização do Legislativo. E com razão.

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