Senhor
governador, em nome do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, agradeço
publicamente o conjunto de obras que a gestão de vossa excelência já executou ou autorizouem nossa
microrregião, a saber: ponte Bequimão-Central; conclusão do hospital regional
de Pinheiro; anúncio dos Núcleos de Educação Iintegral em Pinheiro, Viana
e Serrano; pavimentação da Estrada do Peixe e fábrica de gelo em Itans
(Matinha); pavimentação da estrada de Pedro do Rosário-Cocalinho (Zé Doca); realização
da primeira Agritec em São Bento; anúncio da construçãodo campus da UEMA
em São Bento; anúncio da construção de três IEMAS (Santa Helena, São Vicente
Férrer e Vitória do Mearim);programa CNH Rural e anúncio da construção do
hospital regional de Viana.
Todavia,
senhor governador, a Baixada Maranhense enfrenta a pior estiagem dos
últimos 50 anos. A escassez de água já se tornou uma calamidade
pública anual, visto que submete as comunidades rurais às mesmas privações e ao
mesmo suplício em todo o período crítico do verão maranhense. O que mais
nos angustia é que se trata de uma tragédia previsível e anunciada, mas incapaz
de sensibilizar as autoridades que tem o poder de minimizar tamanho flagelo.
Provoca
indignação lembrar que entre os meses de abril e agosto de cada ano a Baixada
fica coberta por um verdadeiro mar de água doce. Entretanto, na época do
abaixamento (a partir do mês de julho), essa fartura de água
escoa para o mar e os campos da Baixada se transformam numa paisagem árida,
imprópria para qualquer atividade produtiva, como conseqüência direta da
omissão, descaso e negligência do Poder Público.
Governador,
sugiro que vossa excelência embarque em um helicóptero e pouse no meio dos
campos de Viana, Anajatuba, São João Batista ou qualquer outro município da
Baixada para constatar presencialmente o sofrimento, a aflição e a dor que a
falta de água provoca nas comunidades baixadeiras. Temos certeza que, após essa
verificação in
loco, a sua compaixão e sensibilidade de homem público determinará as
medidas necessárias para reverter esse quadro de penúria e indigência
absolutas.
Nessa
perspectiva, há uma circunstância particular que diferencia muito bem a Baixadadas
outras regiões pobres do Maranhão: embora o seu povo seja bastante carente, as
soluções para melhorar as suas condições de vida são baratas, simples e de
fácil resolutividade. Só depende da vontade política de nossos governantes.
Diante
desse contexto, duas obras se tornaram de necessidade imperiosa para
amenizar o tormento infligido pela perversidade da seca: a execução do projeto
Diques da Baixada e a construção de pequenas barragens, principalmente a
Barragem do Defunto (beneficiando São Bento, Bacurituba, Palmeirândia, Peri-Mirim
e Bequimão) e a Barragem do Félix (beneficiando Bequimão e Peri-Mirim).
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