Depois de uma folga de duas semanas, os 42 deputados estaduais do Maranhão, sob a presidência da deputada Iracema Vale (PSB), retornam hoje ao trabalho preocupados, de um lado, com a informação segundo a qual o Governo do Estado está enfrentando um déficit de arrecadação que já alcançou R$ 350 milhões, foi domado e hoje está no patamar de R$ 250 milhões, mas também estarão atentos aos movimentos políticos e partidários que desaguarão nas eleições municipais do ano que vem, que mobilizarão todos eles, sem exceção. Ainda preocupante, o impacto do déficit financeiro tende a perder força com as medidas de contenção tomadas pelo governador Carlos Brandão (PSB), mas será alvo da atenção das lideranças partidárias. Já a contagem regressiva para a montagem das forças que se baterão nas eleições para prefeito e vereador, marcadas para daqui a 14 meses, será o grande mote político da Assembleia Legislativa, onde alguns confrontos municipais devem ganhar corpo no plenário ao longo dos próximos meses.
A iniciativa do governador Carlos Brandão de acionar o secretário de Monitoramento das Ações Governamentais, Alberto Bastos, para revelar a existência do déficit, causado pela queda de arrecadação, essa resultante das decisões legislativas do Congresso Nacional em 2022, como a redução do valor das alíquotas de ICMS sobre combustíveis, por exemplo, foi decisiva para evitar um debate ácido sobre o assunto no plenário do parlamento estadual. Já em relação às montagens para as eleições, não há medida de contenção, porque a raiz dos confrontos está nas bases eleitorais, onde o alcance do Palácio dos Leões é limitado.
A corrida à Prefeitura de São Luís envolve diretamente cinco deputados estaduais. O deputado Carlos Lula (PSB) atua na perspectiva de vir a ser candidato a prefeito, mas como o seu partido tem o deputado federal Duarte Jr. bem posicionado, seu caminho natural será entrar de cabeça na briga apoiando o colega de legenda. O deputado Neto Evangelista (UB) aposta no apoio de parte das forças governistas e do grupo por inteiro se chegar ao 2º turno. Já o deputado Wellington do Curso (PSC) manterá sua rotina de ser candidato para sobreviver em 2026. E o deputado Yglésio Moises (PSB) deve lançar sua candidatura. Finalmente, o deputado Fernando Braide (PSD), que atua forte na defesa e no apoio ao o prefeito Eduardo Braide (PSD), seu irmão e líder político. Um bom desempenho eleitoral em São Luís passa também pelo deputado Roberto Costa (MDB), que tem base sólida na Capital.
O plenário do parlamento estadual deve registrar embates duros sobre a sucessão em Balsas, onde em campos opostos estão as deputadas Viviane Silva (PDT), mulher do prefeito Eric Silva (PDT), tendo como contrapeso a deputada Andreia Rezende (PSB), que atuam em campos opostos.
Em Caxias, ao contrário, as deputadas Daniela Gidão (PSB) e Cláudia Coutinho (PDT), que atuam em campos adversários, caminham para consolidar a aliança que juntará os seus respectivos grupos Gentil, liderado pelo prefeito Fábio Gentil (Republicanos), e Coutinho, comandado pela ex-deputada Cleide Coutinho. Em Timon, o deputado Rafael Sousa (PSB) vai enfrentar a prefeita Dinair Veloso (PDT) e deve ter o apoio do deputado Leandro Bello (Podemos).
Ainda não está definido, mas em Bacabal a tendência é a de um grande confronto entre os deputados Florêncio Neto, que já foi vice-prefeito, e Davi Brandão, filho do atual prefeito Edvan Brandão, que tem p deputado Roberto Costa como aliado. Pode ser que haja um grande acordo, mas a tendência é o confronto direto, sem rodeio. Se não houver um acordo reunindo os três deputados de Imperatriz, Rildo Amaral (PP), que pé franco favorito, poderá ter o apoio do deputado Antônio Pereira e a oposição de deputada Janaína Ramos (Republicanos), que deve entrar na briga em defesa do marido, o prefeito Assis Ramos, que certamente será o grande alvo dos candidatos à sua sucessão, a começar por Rildo Amaral.
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