MEU PAI.
Papai,
Assim chamei por ti, tantas vezes,
no silêncio das minhas madrugadas,
e já estavas, há tempo, junto a mim.
Quantas vezes corri para ti,
na insegurança dos meus dias de infância,
e com o teu sorriso me acolhias.
Mas, tu te foste tão cedo!
Senti-me só, neste mundo,
sem o referencial da minha inspiração,
na pré-adolescência.
Perdoa-me, pai.
Naquela noite em que partiste,
fiquei contente quando deveria ter ficado triste.
Disseram-me que tu apenas dormias
porque tinhas ido falar com Deus, lá no céu.
Como eu esperei por ti!
Mas, não voltaste.
Então, chorei.
Pensei que tivesses gostado mais do céu
do que da nossa casa e me abandonado.
Hoje, na minha maturidade,
vejo o quanto foi árdua a luta.
Perdi algumas batalhas,
Ganhei muitas outras.
Eu venci, pai.
Nos momentos das minhas fragilidades,
encontrei, no exemplo que me legaste,
a força necessária para prosseguir
e o guia seguro a me orientar e conduzir.
Qual um escudo protetor,
escondeste-me das vilezas do mundo.
Agora, estou aqui, meu pai,
na realização dos teus sonhos
com os meus irmãos.
Trilhando, nas vias que nos abriste,
pelos caminhos da vida.
Eu sou feliz, pai,
Nós estamos muito felizes.
Agradeço-te, pai.
Venerando teu nome
te retribuo tudo o que dispensaste,
na minha formação e na orientação que me deste.
Com meus filhos
preservarei a tua memória
que eles perpetuarão, nas suas descendências.
Que a luz do Senhor te envolva,
nas dimensões do eterno.
Obrigado, pai
Por Aymore Alvim
APLAC. ALL. AMM
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