domingo, 13 de agosto de 2023

À memória do meu pai, José Alvim, nesta data.

MEU PAI.


Papai, 

Assim chamei por ti, tantas vezes, 

   no silêncio das minhas madrugadas, 

   e já estavas, há tempo, junto a mim. 

Quantas vezes corri para ti, 

   na insegurança dos meus dias de infância, 

   e com o teu sorriso me acolhias. 

Mas, tu te foste tão cedo! 

Senti-me só, neste mundo, 

   sem o referencial da minha inspiração, 

   na pré-adolescência. 

Perdoa-me, pai. 

Naquela noite em que partiste, 

   fiquei contente quando deveria ter ficado triste. 

Disseram-me que tu apenas dormias 

   porque tinhas ido falar com Deus, lá no céu. 

Como eu esperei por ti! 

Mas, não voltaste. 

Então, chorei. 

Pensei que tivesses gostado mais do céu 

do que da nossa casa e me abandonado. 

Hoje, na minha maturidade, 

   vejo o quanto foi árdua a luta. 

Perdi algumas batalhas, 

Ganhei muitas outras. 

Eu venci, pai.  

Nos momentos das minhas fragilidades, 

   encontrei, no exemplo que me legaste, 

   a força necessária para prosseguir 

   e o guia seguro a me orientar e conduzir. 

Qual um escudo protetor, 

  escondeste-me das vilezas do mundo. 

Agora, estou aqui, meu pai, 

   na realização dos teus sonhos 

   com os meus irmãos. 

Trilhando, nas vias que nos abriste, 

   pelos caminhos da vida. 

Eu sou feliz, pai, 

Nós estamos muito felizes. 

Agradeço-te, pai. 

Venerando teu nome 

te retribuo tudo o que dispensaste, 

na minha formação e na orientação que me deste. 

Com meus filhos 

preservarei a tua memória 

que eles perpetuarão, nas suas descendências. 

Que a luz do Senhor te envolva, 

nas dimensões do eterno. 

Obrigado, pai


Por Aymore Alvim

APLAC. ALL. AMM

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