O
bequimãoense José Ribamar Gusmão Araújo, que é professor da Universidade
Estadual do Maranhão (Uema), é um dos organizadores do XXIV Congresso
Brasileiro de Fruticultura, que acontecerá de 16 a 21 de outubro em 2016,
no Centro de Convenções do Sebrae, em São Luís. Ele se reuniu com o também
filho de Bequimão, João Martins, superintendente do Sebrae, para tratar sobre o
evento.
Ao lado
do professor Hamilton Santos Almeida, Gusmão detalhou como será o congresso,
que reunirá as principais autoridades do país no assunto, além de pesquisadores
internacionais, engenheiros agrônomos, caravanas de empresários, produtores e
estudantes.
Na
reunião, os professores integrantes da comissão organizadora estadual do evento
trataram sobre a cessão do espaço para a realização do congresso e destacaram a
importância do Sebrae para o desenvolvimento da cadeia produtiva
da fruticultura no estado. Com o tema “Fruteira Nativa e
Sustentabilidade”, o evento terá uma programação científica idealizada pela
Uema e pela Sociedade Brasileira de Fruticultura.
“O
Maranhão possui 312 milhões de hectares para plantação de frutas de clima
tropical e temperado, além de 12 rios permanentes. Temos, por natureza,
potencial para sermos grandes produtores de frutas. Entretanto, não exploramos
essa vocação. Um exemplo disso é o caju. Possuímos uma das melhores áreas para
cultivo da fruta no Nordeste, no entanto estamos em quinto lugar no ranking da
região, ficando atrás do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia. O Sebrae,
com o importante trabalho que realiza junto aos empreendedores rurais,
pode ajudar o Maranhão a expandir suas áreas destinadas à fruticultura”,
acredita o professor Hamilton Almeida, presidente do XXIV Congresso Brasileiro
de Fruticultura e coordenador regional da Sociedade Brasileira
de Fruticultura.
“Um dos
principais ganhos do evento, realizado pela primeira vez no Maranhão, será o
despertar dos produtores maranhenses para os benefícios e a lucratividade das
plantações de pomares básicos, incentivando a fruticultura e tornando
o estado um excelente produtor de frutas”, revela o professor.
Conhecimento
gera mudanças
Para o
diretor superintendente do Sebrae, a presença das universidades, que realizam a
pesquisa, o ensino e a extensão do conhecimento, é extremamente salutar quando
se pensa no desenvolvimento sustentável do estado. “O Maranhão tem grande
vocação agrícola. Vocação e potencial de solo e clima, além de ser recortado
por uma grande quantidade de rios que fornecem água para irrigação das
culturas. A cadeia da fruticultura é foco de atenção do Sebrae há
algum tempo e podemos ter resultados ainda melhores se os núcleos de produção
científica estiverem conosco, transferindo tecnologias e conhecimentos”, aponta
João Martins.
De acordo
com o dirigente da instituição, as universidades podem contribuir com os
pequenos produtores no processo de assimilação e prática do conhecimento, para
que possam ser empreendedores rurais de sucesso e, assim, implementar as
mudanças necessárias que refletirão em uma nova realidade produtiva para o
estado.
“Toda
produção de conhecimento advém de uma base experimental, do empirismo, que se
for usado a favor das potencialidades do nosso estado, pode iniciar um processo
sem volta de mudança e desenvolvimento em todas as regiões”, defende João
Martins que já articula alguns projetos com o Governo do Estado, por intermédio
do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Bira do Pindaré.
“São
projetos para a disseminação do conhecimento que visa despertar o maranhense
para as potencialidades econômicas e os recursos naturais de suas respectivas
localidades. Mas só poderemos concretizar essa ideia se as universidades
estiverem conosco, numa importante parceria técnico-científica-empreendedora”,
destaca o diretor superintendente ao informar que a equipe do Sebrae já
trabalha para apresentar, oficialmente, a proposta para o Governo do Estado. “A
ideia é iniciar os projetos pela Baixada Maranhenses, uma das regiões mais
carentes do estado em ações desenvolvimentistas”, informa Martins.
Sobre o
Congresso
O
Congresso Brasileiro de Fruticultura (CBF) é um evento
técnico-científico, realizado a cada dois anos, e desde a sua primeira edição
reúne um número expressivo de profissionais de pesquisa, ensino e extensão,
produtores, empresários, empresas públicas e privadas direta e indiretamente
interessadas no setor do agronegócio frutas, que vem se transformando em uma
das principais fontes de renda do país.
No Maranhão,
o evento contará com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(Crea/MA), Governo do Estado, Prefeitura de São Luís, Embrapa Cocais, Sebrae,
Banco do Brasil, BNB, Basa e Caixa Econômica Federal, além da Fapema, CNPq,
Incra, Vale, dentre outros.
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