Os preços da gasolina e do óleo diesel, na
bomba, podem ter novo aumento no Maranhão, em mais 14 estados e no Distrito
Federal. Será o segundo em menos de 30 dias.
O Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz) publicou ontem no Diário Oficial da União (DOU) uma nova tabela com os
valores dos derivados de petróleo a serem usados como preço médio ao
consumidor, a partir de 1º de março.
No Maranhão, o tabelamento da gasolina deve
ficar em torno de R$ 3,37 o litro do tipo comum e R$ 2,88 o litro do óleo
diesel. Em São Paulo, o preço médio da gasolina passará a ser de R$ 3,15 e no
Distrito Federal , R$ 3,45.
Segundo economistas, o reajuste médio sofreu
o impacto do aumento do PIS/Cofins, com efeito cascata no Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A elevação do PIS/Cofins foi publicada no
DOU, no fim de janeiro, como uma das medidas para o Governo Federal elevar a
arrecadação tributária. Ao anunciar a medida, o ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, indicou que o aumento dos dois tributos seria de R$ 0,22 por litro da
gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel.
Em São Luís - O anúncio do novo aumento dos combustíveis já está
preocupando os consumidores maranhenses. Isto porque, na Região Metropolitana
de São Luís, os 243 postos de combustíveis tabelaram os preços acima do
anunciado pelo Governo Federal no primeiro reajuste.
Essa medida acabou sendo considerada pela
Justiça abusiva e no último dia 13 o juiz Douglas de Melo Martins, titular da
Vara de Interesses Difusos e Coletivos, concedeu pedido de tutela antecipada em
Ação Civil Pública contra revendedores de derivados de petróleo que aplicaram
reajuste indevido nos preços do produto na bomba, determinando a redução dos
valores. Esta decisão é inédita no país e está abrindo precedente para que
órgãos de defesa do consumidor de outros estados entrem na Justiça também.
Até o momento, cerca de 150 estabelecimentos
do setor já foram notificados, por meio de mandado judicial. No domingo, 22, a
direção do Sindicombustíveis emitiu nota de repúdio contra a decisão judicial
inédita que obriga os donos de postos de combustíveis a reduzir os preços
tabelados na bomba.
Segundo a nota, está sendo feita uma
“campanha difamatória” por órgãos oficiais e pela imprensa contra os
proprietários desses estabelecimentos que operam na Região Metropolitana da
Ilha de São Luís.
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