O segundo semestre chegou com as atenções da classe política voltada para as articulações visando as eleições de 2024, quando estará em jogo a sucessão nos 217 municípios, assim como as composições nas Câmaras Municipais, o que vai definir o poder de fogo de cada partido para um pleito ainda mais importante: a eleição para o governo do estado em 2026.
Para o ano que vem, as legendas partidárias devem priorizar os principais colégios eleitorais, com destaque São Luís, Imperatriz, Timon, Caxias, Santa Inês, Codó, Barra do Corda, Pedreiras, entre outros municípios com elevado número de eleitores, porém as grandes batalhas devem ocorrer na capital e Imperatriz, cidades que possuem os maiores colégios eleitorais e costumam decidir pleitos estaduais.
No PSB, o presidente em exercício, secretário de Agricultura Familiar e ex-deputado Federal Bira do Pindaré diz que a partir de agora as conversações internas deverão fluir com mais celeridade para definir questões relacionadas aos municípios, principalmente a capital, onde os pré-candidatos Duarte Junior e Carlos Lula tentam se viabilizar de forma civilizada e sem tensionamento. A tendência, no entanto, é a confirmação de Duarte como candidato.
A federação PT/PCdoB/PV está em constante as conversações sobre sucessão municipal nos 217 municípios. Segundo informou recentemente o presidente do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry, os três partidos tem realizado encontros regionais e o resultado dessas discussões internas serão objeto de avaliação quando os dirigentes sentarem à mesa de discussões para tratar sobre o assunto.
A movimentação nos bastidores de sucessão já é grande, pois o resultado da eleição municipal vai impactar diretamente o pleito estadual em 2026, pois os prefeitos eleitos serão fortes cabos eleitorais, portanto 2024 será o ano de formar base e estrutura eleitoral, principalmente para aqueles partidos que foram protagonistas, sofreram esvaziamento e pretendem renascer, como é o caso do MDB.
O MDB, sob nova direção a partir do início de agosto, quando o comando estadual será entregue ao empresário Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão (ainda no PSB), deve iniciar uma ofensiva para tentar se reestruturar no estado, onde já teve seus dias de glória, mas sofreu esvaziamento após sucessivas derrotas. Segundo apurou o blog, a ofensiva a prefeitos que vão disputar a reeleição, ex-prefeitos, vereadores e lideranças políticas já começou.
Candidato à reeleição, mas com perspectivas para 2026, o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD) tem problema interno sério a resolver. Isto porque a senadora Eliziane Gama, que se elegeu pelo Cidadania, assinou ficha de filiação ao PSD, se alinha politicamente com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), consequentemente ao governador Carlos Brandão, nunca reuniu com ele para tratar sobre questões partidárias.
Diante da realidade que se apresenta, é provável que após a conclusão dos trabalhos de CPMI do golpe, onde a senadora é relatora, simplesmente ignore a tentativa de reeleição do prefeito e se mantenha nas fileiras do grupo comandado por Dino. Como Eliziane, pelo menos até agora, mantém silêncio sobre a eleição, é provável que se mantenha fiel ao grupo que ajudou elegê-la senadora.
Partido da base de sustentação do governo, o PSDB que foi grande grande e virou nanico após passar para o comando do ex-senador Roberto Rocha, agora que voltou para as mãos do ex-deputado Sebastião Madeira deseja também se reconstruir a partir de 2024 nos municípios, vai apostar na candidatura do presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor, para montar uma base forte em São Luís e ter papel relevante na sucessão estadual.
De um modo geral, todos os envolvidos no processo sucessório municipal que nutrem perspectivas para a sucessão estadual esperam sair fortalecidos. Resta saber qual será a colcha de retalho que o pleito municipal vai produzir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário