segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Ferry boat da Servi Porto não deveriam mais trafegar


Os ferry boats da empresa Servi Porto, que trafegam pela baía de São Marcos todos os dias de São Luís/Cujupe/São Luís, precisam entrar em reforma urgente antes de uma tragédia em alto mar. As embarcações são lentas, sujas, enferrujadas e a viagem chega durar quase 3h, na mesma distância em que as embarcações da concorrente Internacional Marítima gastam 1h20 para atravessar.
Na última sexta-feira (10), um leitor do Portal G7 encaminhou imagens da situação em que se encontrava a embarcação em que ele viajava. ” Vejam só as condições de navegabilidade da travessia São Luís/Cujupe/São Luís.Saindo agora do Cujupe, rumo à Ponta da Espera, no ferry boat batizado pela alcunha de Baía de São José. Além das péssimas condições nos quesitos horário, atendimento e conforto, me deparo com esse crime ambiental, poluição (espécie de fuligem), causada por motores antigos e sem conservação. Inacreditável o que eu vi. Só vendo mesmo pra acreditar”, descreveu o advogado Ribeiro Júnior.
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Há anos que o jornalista e radialista João Filho vem denunciando as péssimas condições e a falta de respeito com os passageiros que utilizam ferry boat de São Luís para o Cujupe e de Cujupe para São Luís. Até agora nada foi feito para resolver o problema, que é grave e só tomarão alguma providência após uma tragédia, que está anunciada faz tempo. Os ferry boats da empresa Internacional Marítima estão em melhores condições.
Por várias vezes deputados estaduais que só usam o ferry boat em período eleitoral vão tirar fotos nas embarcações para tentar enganar a população, como se estivessem fiscalizando alguma coisa. A novela é a mesma a cada 2 anos, como se fossem resolver o problema que é muito antigo.
No último dia 18 de dezembro de 2019, representantes do Ministério Público e Marinha do Brasil vistoriaram as embarcações e encontraram muita sujeira, falta de sinalização e desembarque de passageiros sem medidas de segurança necessárias durante uma inspeção nos ferry-boats cidades de Tutótia e Baía de São Marcos.
Os ferry-boats inspecionados são das empresas Servi-Porto e Internacional Marítima, respectivamente, ancorados no Terminal da Ponta da Espera, em São Luís. Na ocasião, a Marinha também avaliou a documentação das embarcações e dos tripulantes, além de inspecionar as casas de máquinas nas embarcações.
No ferry boat cidade de Tutóia foi constatado que o esgoto de um dos banheiros está pingando na casa de máquinas, no espaço onde os trabalhadores do setor transitam. “Trata-se de um desrespeito às condições de salubridade em um ambiente de trabalho”, afirmou Lítia Cavalcanti, promotora de justiça de Defesa do Consumidor de São Luís.
Em relação aos direitos dos consumidores, o MPMA detectou uma série de irregularidades: banheiros fechados, sujeira na cabine reservada a idosos e pessoas com deficiência, falta de sinalização de rotas de fuga e desembarque de passageiros sem medidas de segurança . “Falta conservação e higiene nas embarcações”, destacou Alineide Costa, também promotora de justiça de Defesa do Consumidor de São Luís.

Regras

Segundo o MPMA, o embarque deveria obedecer aos critérios de prioridade para idosos, pessoas com deficiência, crianças de colo e mulheres grávidas. Já os veículos só poderiam adentrar nos ferry-boats após a acomodação de todos os passageiros. A saída de passageiros das embarcações no interior dos veículos também estava proibida.
Durante o desembarque, deveria ser priorizada a saída de pedestres. Para efetivar a medida, as empresas de ferry-boat se comprometeram a instalar uma corrente de proteção antes da rampa de acesso ao terminal, que só poderá ser retirada após a saída do último passageiro.
As empresas também se comprometem a efetuar sinalizações necessárias dentro das embarcações e disponibilizar, em sua tripulação, funcionários para orientar passageiros durante o embarque, travessia e desembarque.
É válido lembrar que as rampas de embarque e desembarque nos portos de Cujupe e Ponta da Espera são distantes até o terminal de passageiros, dificultam a locomoção de passageiros idosos e gestantes, principalmente no período chuvoso, já que é descida para embarque e subida para desembarque.

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