O ex-presidente José Sarney (PMDB), mesmo sem mandato, ainda continua atuando fortemente nos bastidores como ‘bombeiro’ do Congresso Nacional.
Além de conselheiro, Sarney se tornou o salvador do senador Renan Calheiros (PMDB), que conseguiu ontem, dia 7, se manter na presidência do Senado.
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela permanência de Renan. E tudo foi articulado e negociado nos bastidores por Sarney e os demais caciques do PMDB nacional, que se reuniram na casa de Calheiros.
Não é a primeira vez que o ex-presidente livra seu amigo de partido. Em 2007, quando Renan Calheiros – então presidente do Senado – se envolveu num episódio mais indecoroso daquele ano, com amante pelada na capa da Playboy, foi Sarney quem livrou ele do processo de cassação, do qual foi absolvido em 12 de setembro daquele ano.
Na época, foi descoberto que Calheiros teve uma filha numa relação extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso, pivô do escândalo que o levou a enfrentar o processo de cassação que, de acordo com acusações, a amante recebia a pensão alimentícia das mãos de um funcionário da empreiteira Mendes Júnior.
Em troca, quase dois anos depois, no dia 2 de fevereiro de 2009, Renan Calheiro posou de vitorioso como articulador-mor da volta de José Sarney à presidência da Casa.
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