Por mais que tenha virado um monstro em termos de destemor, o governador Flávio Dino não teria coragem suficiente de abrir mão da sua candidatura à reeleição para aventurar-se numa candidatura à Presidência da República.
O assunto vem sendo pauta “plantada” na imprensa local e até internacional – a Secom tem sido competente nesse particular, temos que admitir.
“Mas, Bob, você implica muito com o governador Flávio Dino. Você acha que ele não tem condições de ser candidato a presidente do país?”, provocaria um leitor fã do comunista.
Ora, não se trata disso. Atributos pessoais, profissionais e até mesmo políticos Flávio Dino possui. Ademais, até o Eymael, o democrata cristão, possui e já se candidatou a presidente, então por que o comunista maranhense não poderia?
Ocorre que há questões práticas que dificultam o projeto “Flávio Dino presidente-65”.
Em primeiro lugar, o próprio partido do governador, o PCdoB.
Não parece nenhum tiquinho razoável que legendas como PT e PDT com muito mais representatividade e envergadura político-eleitorais abririam mão de lançar candidato em favor de uma candidatura comunista do PCdoB. Muito pouco verossímil disso acontecer!
Em segundo lugar, para um governador do Maranhão, ainda mais do nanico PCdoB, ter qualquer esperança de pelo menos ser candidato a presidente teria que apresentar resultados inquestionáveis do ponto de vista da gestão. Coisa do tipo que o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (já falecido), conseguiu. E nada, pelo menos até neste dia de 27 de dezembro de 2016, mostra algo nesse sentido.
Por fim, não é porque a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, acha que os 46 prefeitos “comunistas” eleitos no estado, “que representam mais da metade das 80 vitórias do partido nas eleições municipais”, conforme afirmou ao jornal espanhol El País (veja aqui), que isso seja suficiente para fazer de Flávio Dino um presidenciável competitivo. É até hilária a declaração da Luciana.
No mais, essa história de candidatura do governador maranhense a presidente da República só tem duas explicações: Ou é puro factoide para produzir pautas positivas a favor de Flávio Dino; ou, sabendo que pode haver mudanças na legislação quanto instituto de reeleição que o impeçam, por exemplo, de ser candidato no cargo, o comunista começa a preparar o terreno para uma eventual saída honrosa da disputa ao governo em 2018, como essa da candidatura a presidente do país.
Ou de vice de Lula, Ciro, Marina, Zé Maria…
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