Um dos investigados na operação do Ministério Público e da CGU – que
desvendou desvios de R$ 230 milhões em 17 municípios – representou a
cooperativa Coopes em pelo menos um contrato, em Vargem Grande; a Coopes, por
sua vez, tem o mesmo número de telefone e foi aberta apenas um dia antes da
Interativa, que fechou contrato com a mesma prefeitura, no mesmo dia
Representantes do Ministério Público e da CGU iniciaram as investigações pela Coopmar
A “Operação Cooperare” do Ministério
Público e da Controladoria-Geral da União – que investiga desvio de mais de R$
230 milhões de 17 prefeituras maranhenses, em contratos com a Cooperativa
Maranhense de Trabalho (Coopmar) – pode ter puxado o fio da meada de
um esquema bem maior, envolvendo outras cooperativas e outras prefeituras.
Pelo menos um dos investigados na
operação da Coopmar, Gleydson de Jesus Gomes Araújo, tem vínculo
direto com a Cooperativa dos Profissionais Específicos da Saúde LTDA.,
conhecida por Coopes.
Extratos dos contratos da Coopes e da Interativa com Vargem Grande; coincidências demais
Foi Gleydson quem representou a Coopes
na assinatura de um contrato de R$ 10,9 milhões com a Prefeitura de
Vargem Grande, em março de 2011, durante a gestão do prefeito Miguel
Fernandes.
No mesmo dia, a mesma prefeitura
assinou contrato com outra cooperativa, aInterativa Cooperativa de Serviços
Múltiplos LTDA., no valor de R$ 2,5 milhões.
Os CNPJ da Coopes e da Interativa: mesmo telefone e abertura com diferença de apenas 1 dia
Coincidentemente, a Coopes e a
Interativa compartilham o mesmo telefone em seu CNPJ; e foram
abertas apenas com um dia de diferença uma da outra: a Coopes no dia 7 de
janeiro e a Interativa no dia 8 de janeiro de 2009.
Detalhe: a Prefeitura de Vargem
Grande não está na lista das 17 investigadas no esquema da Coopmar.
Sinal de que o rombo nos municípios
maranhenses pode ser muito maior que os R$ 230 milhões desta fase das
investigações.
E envolver muito mais gente…
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