O ex-deputado estadual, produtor cultural, jornalista e radialista José Raimundo Rodrigues lança nesta quarta-feira, 28, às 19 horas, no Sebo da Sé (Av. Pedro II, 52 – Centro, ao lado do Centro Caixeiral), “A maior produção independente de discos em vinil do Maranhão”, catálogo em que juntou os Long Plays produzidos pelo selo JBG a partir da década de 80 do século 20. Bem antes da mídia fonográfica ser substituída gradativamente pelo Compact Disc e retornar como produto cult.
O LP do 1º Festival de Toadas de Bumba-meu-boi do Maranhão descortinou a produção fonográfica da JBG em 1986. O repertório é composto de toadas dos 12 classificados do festival. É um disco que junta os bambas do bumba-meu-boi, muitos destes in memoriam:
Osvaldo Preto, do boi de orquestra de Ribamar; Zé Olhinho, hoje no famosão Unidos de Santa Fé, àquela época representando o Boi de Pindaré; Humberto, sempre do Maracanã; Lobato, idem de Morros; Diniz Barros, do sotaque da baixada de São Vicente Férrer; Aurílio, de zabumba de Ivar Saldanha; Josemar, de matraca da Madre Deus; Manequinho e Donato Alves, artífices do orquestra de Axixá; Tareira, de matraca de Iguaíba; Gago, do sotaque da Baixada de São João Batista; Antonio Fausto, que deixou os terreiros de São João recentemente, quando ainda estaca no Bairro de Fátima com seu zabumba;e, fechando o lado B, Tonico, de zabumab da Fé em Deus.
É uma lista extensa, que exige espaço nas páginas de papel e mídias digitais (em breve estará à disposição), as toadas registradas pela JBG no formato de saudosa memória. De capas simples, algumas sem a exuberância das cores contemporâneas.
São registros dos batalhões tradicionais como Maracanã, Axixá, Maioba e tantos e tantos outros. E, de quebra, José Raimundo Rodrigues colocou seu selo a serviço da música religiosa da Irmão Teresa de Jesus (Deus é grande, de 1995;
da música afro-maranhense, com Malungos,de Escrete e Tadeu de Obatalá; ao rótulo brega de Giovani Pappini, esse maranhense com sotaque italiano que se mudou para São Paulo; e muitos outros que têm seu trabalho sonoro na ponta d´agulha das antigas radiolas.
Por limitações financeiras, José Raimundo Rodrigues imprimiu as capas dos Lps em preto e branco. Mas, para breve, o produtor prepara um segundo catálogo, desta vez reunindo todos os CDs lançados pela JBG.
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