Folha de S. Paulo
Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) informou nesta quinta (27) que o navio encalhado na costa do Maranhão, contratado pela Vale, tem 4.000 toneladas de óleo combustível. As autoridades tentam acelerar o processo de retirada, para evitar um desastre ambiental.
O volume de combustível no navio é quase equivalente às cerca de 5.000 toneladas de resíduos oleosos (óleo misturado a areia e água) recolhidas nas praias do Nordeste após vazamento de origem não identificada em 2019.
Ainda não há sinais de vazamento no Maranhão, mas especialistas alertam para o risco de rompimento do casco da embarcação.
Segundo a Vale, são 3.500 toneladas de óleo residual e 140 toneladas de óleo destilado.
O navio Stellar Banner deixava o terminal da Ponta da Madeira rumo à China quando sofreu avarias no casco após tocar o fundo do mar. Para evitar naufrágio, o comandante encalhou a embarcação em um banco de areia a cerca de 100 quilômetros da costa.
Segundo a Vale, o Stellar Banner carrega 294,8 mil toneladas de minério de ferro. Ele mede 340 metros de comprimento, o equivalente a três campos de futebol, e tem 55 metros de largura.
Seu tamanho é um dos fatores que amplia o risco de vazamento, já que a distribuição irregular do peso da carga ou a força das ondas pode provocar a ruptura do casco. Nesta quinta, quatro rebocadores prestavam apoio no local. Um deles ajudava a manter o navio na posição em que se encontra.
A Marinha confirmou aberturas na proa do navio, mas ta mbém diz que ainda não há sinal de vazamento.
Ainda não há prazo para o início da operação de retirada do óleo —que geralmente é feita com o apoio de barcaças, que recebem o produto dos tanques dos navios.
A Vale informou que pediu à Petrobras embarcações recolhedoras de óleo no mar e está contratando barreiras de contenção, para o caso de vazamento. O Ibama sobrevoou a área por volta das 16h desta quinta.
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