Uma mega operação deflagrada pela
Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) com o apoio de equipes das
delegacias regionais de Pinheiro, Santa Inês e Itapecuru-Mirim e ainda dos
distritos de Cururupu, Penalva e Guimarães, além do Grupo Tático Aéreo (GTA) do
Maranhão na manhã desta sexta-feira (23), resultou na prisão de dez pessoas
envolvidas com o tráfico de drogas e vendas ilegal de armas em vários
municípios da Baixada maranhense.
A ação deu cumprimento a seis mandados de
prisões, busca e apreensões, expedidos pela juíza Sheila Silva Cunha da Comarca
de Cururupu, em diversos endereços naquele município.
Ao todo mais de 70 policiais, entre delegados
e investigadores foram empregados na operação, que apreendeu também um forte
armamento e cerca de R$ 50 mil. Foram detidos, Venilton Silva Maia, conhecido
como “Negão”, 39 anos; Rosiléia Lopes Serra, a “Lea”, de 31 anos; Isael
Louzeiro Pereira, vulgo como “Varmey”, 35 anos; Fábio Chaves Machado, o
“Breno”, 28 anos; Edenilson Silva, vulgo “André”, 33 anos; Carlos Jorge
Pestana, conhecido como “Jorginho”, 32 anos, apontando como o chefe do tráfico
na região.
“O núcleo de Inteligência da SPCI esteve
durante três meses fazendo todo o levantamento de provas e indícios criminosos
de atuação desses elementos. Nesse período ficamos de vigilância, acompanhando
cada integrante do grupo, montamos campana e após comprovar o envolvimento de
cada um, representamos junto a Justiça pelas prisões preventivas dos
envolvidos”, detalhou o delegado Jair Lima de Paiva, superintendente de Polícia
Civil do Interior.
Ainda o segundo o superintendente, Carlos
Jorge era quem exercia a função de químico dentro do bando. Era ele ainda que
fazia o preparo do entorpecente e a distribuição da droga. “Temos informações
que ele abastecia as cidades de Cururupu, Guimarães, Mirinzal, Turiaçu, Bacuri,
Apicum-Açu. Ele tinha toda uma teia que o auxiliava neste tipo de prática”,
disse.
Além dos detidos pelos mandados de prisão,
foram presos ainda em flagrante delito, resultante do cumprimento de mandados
de busca e apreensão, Maria Dolores da Conceição 34 anos, autuada por
Associação ao Tráfico; Inaldo Marques Cadete, conhecido como “Naldinho”, 31
anos, autuado por posse ilegal de arma de fogo; Richarlison Pinto Monteiro, o
“Beto”, cunhando de Carlos Jorge, era quem guardava todo o armamento e o
dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Ele foi autuado também por posse
ilegal de arma de fogo. Na casa do Beto foi apreendida a quantia de R$ 31.155
mil.
Fornecedor. Na operação, as equipes localizaram a residência de
Douglas dos Santos, conforme investigações policiais, ele era fornecedor de
armas para vários municípios da Baixada. Douglas e foi autuado pelo crime de
venda clandestina de munições e armas de fogo, previsto pelo Artigo 17 da Lei
10.826/03. A pena para quem comete este tipo de crime é de 04 a 08 anos de
reclusão.
Apreensões. Durante as incursões, as equipes policiais
localizaram na residência de Douglas dos Santos, uma quantia de R$ 7.950,00,
que seria fruto da venda de armas; um revólver calibre 38; 24 espingardas tipo
“bate bucha”; um total de 372 munições de diversos calibres, sendo 102 calibre
32, 159 para espingardas, 54 calibre 16, 50 calibre 22 e ainda duas de uso
registro das forças de segurança, uma munição calibre ponto 40 e seis munições
calibre 9 mm, e diversos estojos.
Além das munições, foram apreendidos 131
cartuchos de munições, sendo 45 de calibre 20; 47 de munições calibre 36 e 39
cartuchos de calibre 28. Foram localizadas ainda quatro motocicletas, sendo uma
Broz cor preta de placa NXN 3838; uma YBR de placa NXB 1420 e duas Titan Fan pretas
sem placas.
“Em
todas as prisões e apreensões de armas que a Polícia fazia naquela região
começamos a verificar que os revólveres apreendidos e usados nos crimes eram
sempre novos. A partir disso, buscamos identificar a procedência de cada arma e
tivemos êxito em localizar os fornecedores. Vamos agora localizar as
ramificações desta quadrilha”, concluiu o delegado Jair Lima de Paiva.
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