segunda-feira, 19 de novembro de 2012

COLUNA DO SARNEY: A hora e a vez do Maranhão


Nós não estamos acompanhando a transformação por que está passando o Maranhão. Não é mudança, é a verdadeira ultrapassagem de um período para outro, um novo ciclo. Em 1966, o Maranhão entrou no planejamento. Saiu da economia colonial, baseada na agricultura de subsistência e no extrativismo do babaçu, para iniciar a construção de sua infra-estrutura: energia, transporte, comunicação e preparar recursos humanos. Não tínhamos nada. Era a economia do século XIX. E se olharmos para a política, era a do coletor de impostos, do delegado, do inspetor de quarteirão e mais nada. A eleição era a bico de pena e não existia povo.
Vieram a construção das estradas, a São Luís-Teresina, Belém-Brasília, Açailândia-Santa Luzia, Miranda-Santa Inês, Caxuxa-Balsas, rasgando o sertão e interligando o Maranhão. Na energia tudo começa com Boa Esperança e todo o Maranhão recebe energia de baixo custo, com as linhas de transmissão. Constrói-se o Porto do Itaqui, vêm a Vale e a Alcoa e vislumbra-se o futuro que não chegava. Fundam-se as universidades Federal e Estadual e no setor do ensino médio buscamos as mais novas tecnologias com a Televisão Educativa, o ensino rural com as Escolas João de Barro. Começam as escolas superiores privadas, tendo como pioneira a Universidade Ceuma e muitas outras. O Maranhão vai avançando. Com o governo Lula, a pedido da governadora Roseana vêm os Cefets, já iniciados por mim com o de Imperatriz.
Surge a frente agrícola de Balsas e pipocam aqui e ali outras iniciativas de agricultura moderna como o polo de Urbano Santas e o perímetro de São Bernardo.
Agora, explode o Estado e em todo lugar, graças à estrutura já existente os investimentos e o Maranhão passa a ser o maior pólo de investimento do país. Mais de 150 bilhões de reais em cinco anos. O porto recebe 1.500 navios anuais e necessita de ampliação que já está sendo construída, com a criação de novos berços. A Vale duplica sua estrada de ferro, a Alcoa duplica a sua fábrica, a Suzano Celulose cria duas unidades no Maranhão, a de Imperatriz, a maior do mundo e a de Urbano Santos. A siderúrgica por nós sonhada não chegou, mas melhor do que aqui, interiorizando o desenvolvimento está quase pronta em Açailândia, a Gusa Nordeste que vai transformar aquela região. Por último, mas o mais importante, a descoberta no Maranhão da maior Bacia de gás em terra do Brasil, e já agora, em fevereiro irá gerar energia a termoelétrica de Santo Antônio do Lopes, 3.000 Megawatts. O interior se transforma. Há emprego abundante. Em Imperatriz me diz o prefeito Madeira, que o problema é a quantidade de trabalhadores que estão vindo do Pará e Tocantins.
Somos o 17º PIB do Brasil, nossos índices sociais aumentam, o governo constrói dezenas de hospitais, de escolas, de estradas e a refinaria Premium da Petrobrás avança na terraplanagem e teremos em breve em Bacabeira, a maior refinaria do país, onde já trabalham mais de mil operários.
Quem viaja pelo interior vê um fenômeno novo. O desenvolvimento não é mais só na capital nem nas grandes cidades. É em todo o Estado. Melhora a economia, melhora a vida do povo.
Nas eleições é justo que os políticos briguem. Depois é a hora de somar esforços em bem do povo. É um outro clima, é uma outra etapa. Nada de pessimismo, a hora e a vez do Maranhão está chegando.

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