Os
secretários Ricardo Murad (Saúde) e Aluísio Mendes (Segurança) estão sendo
acusados pelo médico nigeriano Kinglsley Ify Umeilechukwu de racismo.
Kinglsley
foi preso no último dia 23, no Hospital Municipal de Bacuri (Baixada
Maranhense), após uma denúncia do secretário de Sáude, em sua página de
relacionamento (Facebook).
O
nigeriano foi apresentado à imprensa pela cúpula da polícia como “falso
médico”, sendo que ele na verdade é médico formado pela Universidade de Lagos,
no sul da Nigéria.
O médico
foi acusado pelo secretário de Segurança de exercício ilegal da profissão e de
ser o responsável pela morte de uma criança, que foi mordida por um cão, sendo
medicada em Mirinzal.
Para
comprovar que Kingsley é médico profissional, os advogados dele apresentaram
documentos que comprovam a conclusão do curso de Medicina na University of
Lagos e a revalidação do diploma do nigeriano feita na Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT).
Segundo o
nigeriano, a polícia quando prendeu ele sequer perguntou se tinha ou não a
documentação que comprovasse que é médico.
“Eles me
prenderam simplesmente porque eu sou negro. Porque não aceitam ou admitem que
negros, como eu, podem sim exercer a medicina, ter oportunidade de estudar, de
trabalhar e de prestar serviço a outras pessoas. Quando me prenderam sequer me
perguntaram se eu tinha ou não a documentação. A minha maior revolta é que me
colocaram na televisão como um bandido, como um assassino. Eu pedi para falar
com a imprensa, eles me colocaram numa sala e me impediram até de explicar o que
aconteceu no hospital. O que eles queriam era mascarar as péssimas condições de
trabalho da saúde pública. Queriam esconder que menina morreu porque não tinha
vacina no posto médico. E está tudo documentado.”, disse o médico nigeriano, que
informou que vai processar o Estado.
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