A escolha do novo conselheiro
do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão foi o principal assunto político
das últimas semanas, mas agora, com a definição da ida do vice-governador
Washington Oliveira para o TCE, a pergunta que se faz é: quais as implicações
dessa decisão?
A princípio, a saída de
Washington Oliveira do Governo do Maranhão para o TCE leva a todos a um
raciocínio lógico: a governadora Roseana Sarney será mesmo candidata ao Senado
Federal em 2014. No entanto, essa não é a única implicação.
Agora a próxima questão é
saber quem será o governador com a saída de Roseana Sarney. De acordo com a
Constituição Estadual, quem assumirá o cargo será o presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Arnaldo Melo, que por sua vez, será obrigado a convocar
eleição indireta (apenas os 42 deputados estaduais votam) para definir o novo
governador. O eleito comandará o Maranhão até 31 de dezembro de 2014.
Vale ressaltar que a eleição
será conduzida pelo então presidente da Assembleia, hoje o 1º vice-presidente,
deputado Max Barros.
Com relação ao novo governador, até o
momento duas hipóteses são as mais prováveis. A primeira delas seria a eleição
do secretário de Infraestrutura do Maranhão, Luis Fernando Silva. Caso essa
hipótese seja efetivada, Luis Fernando já concorreria a reeleição nas eleições
diretas em 2014, mas caso eleito, não poderia disputar o Governo do Estado em
2018.
No entanto, se essa for a
decisão tomada pelo grupo político da governadora Roseana, muito provavelmente
ela renuncia ao cargo no mês de março, um mês antes do prazo previsto pela
legislação eleitoral. A renúncia antecipada seria para não prejudicar o
deputado Arnaldo Melo, pois se Melo assumir o Governo do Maranhão no período
vedado (abril/2014), ele não poderá concorrer a reeleição para o cargo de
deputado estadual.
A segunda hipótese seria a
eleição do próprio governador interino. Ou seja, Arnaldo Melo seria o
governador até 31 de dezembro de 2014. Caso essa hipótese seja concretizada,
teríamos também ainda outra eleição, a do novo presidente da Assembleia, mas
isso é outra história e outra postagem, é claro.
Tudo isso pode acontecer, mas
também nada pode acontecer, caso a governadora resolva permanecer no cargo até
o fim de seu mandato.
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