Apesar de o comício que antecedeu o início do cumprimento da pena por corrupção ter rendido boas fotos para a propaganda eleitoral petista, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 7, é avaliada como justa por 54% dos entrevistados pela última pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (15). E 62% dos brasileiros afirmam que Lula não disputará as eleições presidenciais deste ano.
Somente 40% dos eleitores consultados pelo Datafolha consideram a prisão de Lula como injusta, na primeira pesquisa desde o início do cumprimento da pena de mais de 12 anos de prisão no caso do triplex do Guajurá, na sede da Polícia Federal em Curitiba. E 6% dos eleitores consultados não opinaram sobre o assunto.
Sobre a participação do ex-presidente Lula na disputa presidencial, houve uma reversão da opinião do eleitor registrada em janeiro deste ano. Para 62% dos brasileiros, o ex-presidente não estará presente entre as opções de voto ao Planalto, na eleição de outubro. Enquanto 18% consideram que “com certeza” ele participará das eleições, e 16% pensam que “talvez” ele seja candidato.
Em janeiro, 53% do eleitor opinava que Lula concorreria à Presidência da República, sendo 32% apostando na “certeza” da candidatura.
Além da percepção do eleitor sobre o que vai acontecer com Lula na eleição, o Datafolha quis saber se o petista deveria ser proibido de concorrer ao Planalto. Questão que ficou empatada tecnicamente, com 50% opinando pelo veto à participação de Lula e 48% achando que não devia haver impedimento à candidatura do ex-presidente.
Em janeiro, 51% achavam que Lula deveria ter a candidatura barrada, enquanto 47% diziam que o petista deveria ter presença liberada como opção de voto.
A maioria do eleitor que considera a prisão de Lula justa é homem, com maior taxa de escolaridade, maior média de salário e morador das regiões Sudeste, Sul ou Centro-Oeste. Entre os mais escolarizados essa porcentagem chega aos 71%. Já a opinião de que a prisão de Lula é injusta atinge 51% das pessoas menos escolarizados, e atinge porcentagens próximas entre os mais pobres e regiões Norte e Nordeste.
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