De O ESTADO – A Assembleia Legislativa do Maranhão e a Câmara Municipal de São Luís retomam nesta semana as suas atividades. Em recesso parlamentar desde o mês de dezembro do ano passado, os deputados estaduais darão continuidade à legislatura 2015-2018, sem qualquer novidade em relação a nomes. Já os vereadores da capital, eleitos no mês de outubro do ano passado e empossados no início deste mês, iniciam nova legislatura, com uma formação completamente diferente daquela que encerrou os trabalhos em 2016.
O início das atividades 2017 nos Legislativos estadual e municipal está marcado para quarta-feira, dia 1º e fevereiro.
Na Assembleia, apesar de não ter ocorrido mudanças no que diz respeito à composição do Plenário, a expectativa está numa nova configuração de blocos e bancadas.
A atual bancada governista, unida no Bloco Parlamentar Unidos pelo Maranhão, o chamado Blocão, com nove partidos e 23 deputados-, deve se dividir em duas frentes: uma comandada pelo PCdoB e outra pelo PDT.
Os comunistas poderão se juntar ao PSB, PT, PSDB, PHS e PRB. Outras siglas como o DEM e PR também podem se juntar a esse grupo, mas as conversas ainda não haviam avançado até o último fim de semana.
Já os pedetistas poderão se juntar ao PEN e SD. Apesar da divisão, governistas ouvidos por O Estado garantem que não há qualquer sinal de rompimento da base com o Palácio dos Leões.
O vice-presidente da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB), por exemplo, trata uma possível mexida no Plenário como um movimento natural dos parlamentares, que buscam também espaços nas comissões técnicas da Casa.
Independência – Rompido com o governador Flávio Dino (PCdoB) desde o mês de outubro do ano passado, quando disputou a eleição municipal para o comando da Prefeitura de São Luís, o deputado Eduardo Braide (PMN) mantém conversas com colegas pela formação de um novo bloco independente.
Braide chegou a ser líder de um dos blocos de apoio a Dino, mas acabou se afastando do comunista após perder a eleição para Edivaldo Holanda Júnior (PDT) em São Luís. Depois do pleito, o parlamentar acusou o Governo de ter influenciado no resultado da eleição, com o uso da máquina e obras eleitoreiras.
Já os vereadores de São Luís iniciam novo mandato esta semana. Até a semana passada, os parlamentares ainda discutiam a composição de blocos e bancadas.
Saiba Mais
A possível divisão do maior bloco governista na Assembleia Legislativa, se concretizada, ocorrerá em decorrência da insatisfação dos deputados com o governador Flávio Dino (PCdoB). Dino tem imposto dificuldade para liberar o pagamento das emendas parlamentares, motivo da reação dos deputados.
Presidência da Câmara será independente
Reeleito para novo mandato de vereador e também para o comando da Câmara Municipal, Astro de Ogum (PR) deve adotar uma postura de maior independência do Parlamento, em relação à Prefeitura de São Luís.
Foi o que ele deixou claro no dia da posse e da eleição da Mesa Diretora, no início deste mês, em solenidade oficial realizada no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema).
Na ocasião, Astro defendeu a independência da Casa e conclamou os parlamentares a se unirem, caso haja pressão de Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
“Vamos manter a nossa dignidade, com a independência dos Poderes e respeito mútuo. Governo nenhum se sustenta sem governabilidade”, pontuou.
Astro de Ogum também fez fortes críticas à gestão de Edivaldo, sobretudo na zona rural de São Luís.
“Quero até pedir aos deputados federais Pedro Fernandes e Weverton Rocha, a questão de investimento na produção da cidade. São Luís não está produzindo. Temos uma área extensa na Zona Rural, mas sem desenvolvimento algum. A Zona Rural entra ano e sai ano, e pede socorro”, disse.
Astro permanecerá no comando da Câmara Municipal no biênio 2017-2018. Além de Ogum, compõem a Mesa Diretora, os vereadores Osmar Filho (PDT), na condição de primeiro vice-presidente; Chico Carvalho (PSL), na condição de segundo vice-presidente; Ricardo Diniz (PCdoB), terceiro vice-presidente; Honorato Fernandes (PT), primeiro secretário; Pedro Lucas Fernandes (PTdoB), como segundo secretário; Umbelino Júnior (PPS), terceiro secretário; Bárbara Soeiro (PSC), quarto secretário e Estevão Aragão (PSB), quinto secretário.
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