Por meio de requerimento aprovado
ontem, 18, no Plenário da Câmara, o deputado Victor Mendes cobrou, do Ministro
da Defesa, Jaques Wagner, um posicionamento sobre o projeto de instalação, no
Maranhão, da Segunda Esquadra da Marinha brasileira.
Estudos técnicos concluídos em 2011,
sob a coordenação do Estado Maior da Armada, apontavam as águas da Ponta da
Espera, na Baía de São Marcos, em São Luís (MA), como local que reunia
condições técnicas ideais para a instalação do empreendimento, que implicaria
na transferência, para o Maranhão de, pelo menos, 6 mil militares.
“A expectativa”, conforme argumenta o
deputado Victor Mendes, “era de que a instalação da 2ª Esquadra resultasse na
transferência, para o entorno de São Luís de um contingente de 12 mil pessoas,
entre militares, seus familiares e técnicos que se deslocariam para o Estado a
trabalho ou interessadas no aproveitamento de eventuais oportunidades que o
empreendimento geraria em sua fase plena”.
Apesar disso, até o momento, pouco se
sabe sobre o empreendimento e sobre as perspectivas de instalação. O fato
justifica a cobrança feita pelo parlamentar ao Ministro Jaques Wagner. “Depois
da Refinaria, temos que estar atentos para não perdermos oportunidades como
essas”, frisou Victor Mendes.
“No pedido de informações, mostrei ao Ministro a importância estratégica
da
Segunda Esquadra para o País e para o
estado do Maranhão, que é detentor de um litoral com mais de 600 km², indicando
as potencialidades como indutor de oportunidades de desenvolvimento e inclusão
social produtiva e de novos negócios”, completou
Base Naval - Prevista na
Estratégia Nacional de Defesa (END) aprovada em dezembro de 2008, a instalação
de uma nova esquadra da Marinha no norte ou nordeste do País, nas proximidades
da Foz do Rio Amazonas, era considerada uma prioridade na época. A esquadra
teria estrutura comparável à Base Naval do Rio de Janeiro, dotada dos recursos
necessários para garantir maior controle do acesso marítimo ao Brasil.
Em 2009, a Marinha submeteu ao
Ministério da Defesa, plano de ação que contemplava a implantação da Segunda
Esquadra brasileira, iniciando os estudos técnicos para seleção dos locais
adequados à instalação do Complexo Naval da 2ª Esquadra.
Os estudos indicaram o Maranhão como
local adequado para a instalação levando em conta a localização estratégica do
estado, a proximidade com Foz do Rio Amazonas, o complexo portuário maranhense
e diferenciais como as condições de navegabilidade na Baía de São Marcos, a
grande variação de marés, as características do litoral – reentrâncias – e a
profundidade do canal marítimo, parâmetros esses que garantem a possibilidade
para operar embarcações 24 horas por dia.
No requerimento, Victor Mendes
apontou a importância do empreendimento como indutor de melhorias na estrutura
portuária, destacando o porto do Itaqui, “que é acessado por um canal de
profundidade natural mínima de 27 metros e largura aproximada de 1,8 quilômetros,
o que favorece operações com embarcações de grande porte”.
De acordo com ele, o desempenho do
Complexo Portuário como um todo seria incrementado com a instalação da Segunda
Esquadra. “O Complexo tem a seu favor excelente desempenho econômico e reconhecida
capacidade operacional, sendo responsável pelo escoamento regular da produção
de minério e grãos de uma vasta região. Além disso, tem ampla facilidade de
integração com multimodais de transportes e expressiva disponibilidade de área
de retroporto”.
Mendes enfatizou também a importância
para o adensamento da atividade industrial no Maranhão e ampliação da
competitividade da economia estadual, favorecidos pela abertura de
oportunidades de novos negócios e de ocupação.
“Esses são pontos importantes que
devem unir as classes política e a empresarial na luta por este empreendimento
importante para o nosso Estado”, concluiu ele.
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