Umbelino
Ribeiro, prefeito de Turiaçu, pagará multa em caso de descumprimento
Em
decisão datada da última quarta-feira (12), o juiz titular da Comarca de Santa
Helena, respondendo pela Comarca de Turiaçu, Antonio Agenor Gomes, determinou
ao Município o abastecimento de água temporariamente através de carros-pipa aos
moradores da cidade, “garantindo fornecimento de água potável à população”, sob
pena de multa diária de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) em desfavor do
prefeito, Umbelino Ribeiro.
Na
decisão, o magistrado determina ainda o prazo de 180 dias para que “a
municipalidade restabeleça o sistema regular de abastecimento de água,
abstendo-se da cobrança da tarifa da água até o efetivo fornecimento de água
canalizada à população”. Para o não cumprimento da determinação a multa diária
é de R$ 1.000,00 (mil reais), em desfavor do gestor municipal.
A decisão
judicial atende à Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual
com pedido de obrigação de fazer. Na ação, o autor pleiteia o restabelecimento
do funcionamento de poços e estações de captação de água no município, além da
“suspensão do pagamento das tarifas de todos os consumidores até a definitiva
adequação dos serviços”.
De acordo
com a ação, em manifestação o Município alegou a existência de convênio com o
Poder Público Federal para a implantação do sistema de captação e distribuição
de água, contudo sem apresentar qualquer documento comprobatório do alegado.
Já a Caema “aduziu ilegitimidade de parte, face à responsabilidade exclusiva do Município no interesse local de fornecimento de água, colacionando extratos de convênios recebidos diretamente pelo município de Turiaçu, tendo como objeto a efetiva implantação do sistema de abastecimento de água na municipalidade”, consta da ação.
Já a Caema “aduziu ilegitimidade de parte, face à responsabilidade exclusiva do Município no interesse local de fornecimento de água, colacionando extratos de convênios recebidos diretamente pelo município de Turiaçu, tendo como objeto a efetiva implantação do sistema de abastecimento de água na municipalidade”, consta da ação.
Saúde
pública – “É
público e notório que a cidade de Turiaçu não tem água há três anos e seis
meses”, o que obriga moradores de todas as categorias a pagar veículos para o
transporte de água em botijões, “diuturnamente e a preços elevados, sem que o
Poder Público sequer amenize a situação com fornecimento de caminhões-pipa até
o restabelecimento de água encanada”, afirma o juiz em suas alegações.
Classificando
a situação como caso de saúde pública, Gomes destaca que a distribuição de água
tem caráter essencial, estando intrinsecamente ligada à dignidade da pessoa.
Para o magistrado, é inadmissível que “a população deixe de receber a
quantidade de água necessária as suas necessidades básicas”.
Ainda
segundo o magistrado, mesmo que em algum momento houvesse ocorrido “a concessão
do serviço público do ente municipal para a Caema, a responsabilidade do
município não se esvai, permanecendo solidariamente responsável pela
continuidade, qualidade e eficiência do serviço público essencial. Cabe ao ente
público rescindir a concessão, pela via administrativa ou judicial, e retomar a
sua condição originária de prestador de serviços públicos essenciais”, conclui.
As
informações são do TJMA
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